HOME | COLUNAS | SÓ SÃO PAULO | COMUNIDADE | CIDADÃO JORNALISTA | QUEM SOMOS

Envie sua opinião


GD- Jornalismo Comunitário

mais são paulo

Guia de banheiros ajuda paulistano a driblar aperto


Jornalismo Comunitário - Site GD

carta cbn

"Quero levantar a minha indignação quando você fala que tem empregos bons no Brasil. É mentira!"
Ivair Cypriano

"A educação avança a que custo."
Von Norden



 

 

capital humano
30/06/2006
Apito é arma para conter violência contra mulher

 

Karina Costa
especial para o GD


O apito tem sido usado para chamar a atenção de toda a vizinhança quando uma mulher está sendo agredida. A vítima apita para alertar a vizinha, que ouve e apita para chamar a atenção das demais mulheres de Recife (PE) compondo assim uma rede de proteção contra a violência doméstica. Além do apitaço, essa rede de mulheres tem apoio do Grupo Cidadania Feminina para conter agressões tanto física quanto psicológica.

"Quando a gente ouve o ruído agudo sai cada uma da sua casa com o apito na boca em direção a casa da suposta vítima. A idéia é inibir o agressor e o apito tem nos ajudado para essa visibilidade, " explica a coordenadora executiva da entidade, Rejane Maria Pereira da Silva.

A proposta surgiu porque as mulheres não encontravam outra forma de conter a violência. Segundo dados da SOS Corpo, organização feminista atuante em Pernambuco, só este ano, 148 mulheres foram mortas a tiros ou facadas. Em 53% desses casos, os autores dos homicídios foram maridos, vizinhos, parentes e sogros. As causas mais freqüentes são ciúmes, bebedeiras, crise conjugal e disputa de guarda de filhos.

Segundo a coordenadora, as mulheres estão inibidas quando procuram ajuda da instituição mas com vontade de promover mudanças em suas vidas. Lá, conversam sobre enfrentamento da violência, identidade, gênero, raça. "Abordamos esses temas porque muitas delas sofrem agressão verbal de seus companheiros. Dizer que são feias, que ninguém as quer é um ato que desestimula muito essas mulheres. Nossas oficinas são um meio de fortalecê-las".

A partir do momento em que se sentem seguras para denunciar, são orientadas a usar o apito como uma arma para o bem. Já são 150 mulheres que denunciam que alguém esta apanhando em algum lugar. Um levantamento feito nas quatro delegacias femininas do estado mostra que, em 2005, foram registradas 10.400 queixas.

A coordenadora lamenta o fato de o apitaço não acontecer em outras regiões do estado. "Existem mulheres interessadas em aderir ao movimento, mas não temos recursos financeiros para manter as oficinas e o grupo. É tudo feito na base da boa vontade, da militância," revela.

   

NOTÍCIAS ANteriores:
29/06/2006
Fumaça de cigarro pode matar fumantes passivos, diz estudo
28/06/2006 Ações de empresas socialmente responsáveis rendem mais
27/06/2006 Licença-maternidade também para os homens
26/06/2006
Curso pré-vestibular online para alunos de escola pública
26/06/2006
Mundo tem 200 milhões de usuários de droga
26/06/2006
Ações de empresas socialmente responsáveis rendem mais
26/06/2006
Brasil ganha curso de pós de Negociação em Eventos
26/06/2006
Orkut vira prova para demitir funcionário
26/06/2006
Renault dá curso de libras para funcionários
26/06/2006
Entidades criam movimento pró-ensino