Marina
Rosenfeld
Especial para o GD
Diferentemente da maioria das empresas que oferecem cursos
de idioma apenas para os executivos, a Sandivik, há
cinco anos, dá aulas de inglês para o seu chão
de fábrica.
Atualmente, mais de 50 funcionários da multinacional,
que fabrica ferramentas de corte, estudam a língua
inglesa. Desse total, 30% são operários. As
aulas acontecem na própria companhia e são ministradas
por uma escola de idiomas, três horas por semana.
A idéia inicial para as aulas era fazer com que os
profissionais conseguissem se comunicar com pessoas que vinham
de outras partes do mundo para visitar a filial no Brasil
e também ler os manuais e procedimentos das máquinas
de produção, que são, na sua maioria,
em inglês. “Ao invés de contratar um tradutor
para fazer a interface entre o chão de fábrica
e os visitantes, era muito mais estratégico que eles
pudessem ter contato direto com o estrangeiro. A comunicação
fica muito mais eficaz”, diz o gerente corporativo de
RH, José Francisco D’annibale.
Entretanto, ao longo do tempo, essa ação demonstrou
ir além dos objetivos. De acordo com D’annibale,
ao aprender uma outra língua, o profissional melhora
sua auto-estima, se sente mais motivado, aumenta sua produtividade
e amplia sua gama de oportunidades em termos de carreira.
“Ele vê que a empresa o enxerga de outra forma.
Só nesse ano, 10 pessoas do chão de fábrica
já foram para o exterior para treinamentos e sem esse
conhecimentos isso não seria possível”,
acredita o gerente.
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