Os esportes radicais estão sendo introduzidos em escolas alemãs.
O objetivo é formar pessoas mais criativas, empreendedoras e que saibam
trabalhar em grupo. Vestidos com macacões, botas e luvas grossas e equipados
com capacetes, cordas e lanternas, dez jovens se reúnem, sempre nas manhãs
das quartas-feiras, em uma escola alemã. Ali, eles descem em um vagonete
por uma das galerias da mina e, a cem metros de profundidade, escalam e exploram
o local.
Quem vê imagina que se trata de mais um tipo de esporte radical. Mas não.
Eles são estudantes de administração de empresas, engenharia
e ecologia que, nas galerias úmidas e escuras da mina, exercitam sua capacidade
de enfrentar situações adversas e trabalhar em equipe. Os integrantes
do grupo devem enfrentar vários obstáculos: escalar paredes barrentas,
procurar objetos na escuridão e até ajudar no socorro simulado
de algum ferido. Há tarefas que devem realizar sozinhos, outras em equipe.
As atividades práticas são acompanhadas de um trabalho teórico.
Depois de uma incursão à mina, os estudantes devem fazer um relatório
sobre as experiências do dia e sobre as principais dificuldades que enfrentaram.
O professor de educação física Bernd Wilhelm, 61, é um
dos mentores do curso, oferecido pela primeira vez no segundo semestre do ano
passado e de lá pra cá os resultados têm trazido ótimos
resultados. Prova disso é que, para o próximo semestre, mais de
cem pessoas já se inscreveram para participarem das aulas.
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