Soul
Slinger
Fixo em ecologia: o discurso do DJ e produtor se baseia
nos problemas ambientais. Diversos estilos: vai do eletro
ao latino sem problemas
Médico veterinário formado pela USP, Carlos
Singer resolveu abandonar a área para mergulhar nas
picapes, fazendo o tipo ‘all style’ - “Como
meu amigo Moby”, diz. “Somos de uma categoria
que absorveu toda a cultura musical e pode tocar o que quiser,
dependendo do momento e do lugar”, explica.
Com 50 anos, sendo 25 de carreira,
este brasileiro radicado em Nova York adotou o pseudônimo
Soul Slinger, mas não deixou de lado suas experiências
em fazendas e matos do País. Sempre com uma postura
ecologicamente responsável, trouxe a discussão
em uma época que tais preocupações ainda
eram vistas como ‘coisas de ecochatos’. Mas o
mundo deu voltas e o assunto ‘eco’ ganhou ares
hiperbólicos e hoje está em voga, na música
ou nos discursos corporativos.
A partir da amizade com Afrika Bambaata
tornou-se integrante da Zulu Nation. Foi quando começou
a ter idéias de um projeto que só se consolidou
em 2001: o Ecosystem - festival eletrônico promovido
à beira do Rio Tucumã, na Amazônia. Em
julho, ele volta a fazer o evento, desta vez em Nova York.
Antes, porém, faz esquenta com o projeto Ecobase, no
Rose Bom Bom, que estréia hoje (7). “É
uma festa meio de vanguarda em que queremos chamar várias
turmas: do hip hop à eletrônica”. Além
de promover a Ecosystem, Slinger abrirá a festa para
associações como o Greenpeace realizarem ações
na casa, no ‘Ecolounge’. Sua intenção
é “globalizar a consciência”.
Soul Slinger também discoteca
em São Paulo nas recentes noites de segunda-feira no
requintado Di Café Lounge. A reportagem esteve na casa
na última segunda-feira e constatou que, de fato, o
DJ é bem ‘all style’. Tocou jazz, house
e sonoridades latinas. E agradou bem o público presente
com sua mistura.
Atualmente Soul Slinger está
trabalhando com Drumagick e manda seu recado aos colegas de
profissão mais ortodoxos: “DJ não pode
deixar de prestar atenção para quem ele está
tocando. DJ não é jukebox, é mais do
que isso”.
Onde: Di Café
Lounge. R. Girassol, 273, Vila Madalena, 3815-3201.
Quando: 2ª, 22h.
Quanto: R$ 15/R$ 30.
Onde: Rose Bom Bom.
R. Luis Murat, 370, Vila Madalena, 3813-3365.
Quando: 6ª, 22h.
Quanto: R$ 10/ R$ 20. (mulher vip, até
23h59).
Pedro Henrique França
O Estado de S.Paulo
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