Apesar
da quantidade de notícias sobre violência, é
possível encontrar locais onde a criminalidade praticamente
inexiste, mesmo sem a presença de policiais. A favela
Monte Azul, situado na zona sul de São Paulo, é
um desses lugares. Embora seja uma favela como todas as outras
do ponto de vista da renda, do número de crianças
com dificuldade de acesso à escola, da quantidade de
adolescentes grávidas e jovens desempregados, ela se
tornou um laboratório e está sendo estudada
por sociólogos de todo o País.
Um grupo de psicólogos e educadores montou uma experiência
comunitária nessa favela. Envolveram as famílias
para lutar contra a questão da violência e, assim,
além de melhorar a escola da região, criaram
centros de lazer. Com isso, ganharam capital social. Graças
a essa rede de relações o crime caiu rapidamente.
Esse fenômeno ocorre em diversas regiões da
capital paulista, como em núcleos próximos aos
bairros Paraisópolis e Heliópolis. Nessas comunidades,
por exemplo, a violência diminuiu porque conseguiram
misturar a melhoria da escola e os programas de bolsas oferecidas
pelos governos municipal, estadual e federal.
A ação da sociedade civil é extremamente
necessária para a redução da criminalidade.
Foi-se o tempo em que o número de policiais nas ruas
determinavam a segurança da população.
O próprio secretário estadual de Segurança,
Saulo de Castro Abreu Filho, candidato à Prefeitura
de São Paulo, afirma que “o limite da polícia
acabou”. A quantidade de pessoas presas, diariamente,
não ameniza o problema, até porque, não
há mais cadeia para tanta gente. É imprescindível
que, não só os brasileiros, como todos governos
do Brasil se unam para combater o crime.
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