O
interceptor do rio Pinheiros está com metade de suas
obras concluídas. A tubulação em construção
será responsável pelo envio do esgoto da zona
sul da capital para a Estação de Tratamento
de Barueri, na Grande São Paulo.
Atualmente, o esgoto é jogado diretamente no rio,
sem passar por tratamento. O interceptor compõe a segunda
etapa do Projeto Tietê, programa de despoluição
implantado pela Sabesp em 1992 --considerado o maior da América
Latina.
O grupo Tejofran, responsável pela construção
de 11 km dos 28,5 km do interceptor, deve concluir o trabalho
antes do prazo previsto (outubro de 2005).
Com a conclusão das obras, cerca de 300 milhões
de litros de esgoto deixarão de ser despejados diariamente
nos rios e córregos da bacia do Alto Tietê.
O serviço de coleta de esgoto, segundo o governo,
será ampliado a 400 mil famílias, com benefícios
diretos para cerca de 1,2 milhão de pessoas. As obras
deverão fazer com que o índice de coleta de
esgoto na região metropolitana de São Paulo
passe de 80% para 84%, e o de tratamento, de 62% para 70%.
Ambiente
Segundo Oliver Salles de Lima, gerente da área
de consórcios e contratos da Tejofran, a coleta de
esgoto e tratamento antes de despejo no rio ou mar deveria
ser normal e obrigatório para qualquer ambiente saudável.
"São Paulo está levando a sério
o objetivo de despoluição dos seus rios. Este
é o maior exemplo. Afinal, só o nosso lote no
projeto responde a um investimento superior a R$ 80 milhões
para reduzir o impacto dos esgotos no rio Pinheiros",
disse.
Por conta das variações do solo, existência
de rochas, proximidade com o rio, marginal e linhas férreas,
o trabalho utilizado na construção do interceptor
é manual. Cerca de 400 pessoas estão envolvidas
na obra.
As informações são
da Folha Online.
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