Erika Vieira
Cinco deficientes visuais inovaram
o campo dos profissionais de massagem na cidade de São
Paulo. Conhecidos como Quinteto Maravilha, eles viraram massoterapeutas
por desenvolverem a atividade de maneira eficaz, pois são
mais sensitivos. “O deficiente tem mais facilidade com
o toque”, diz Fábio Alessandro da Silva, integrante
do Quinteto.
Hoje já são 12 massagistas
cegos que disseminam a proposta pela capital. O grupo ficou
conhecido por levar a técnica para o parque Burle Marx.
Recentemente foi feita uma parceria com a Secretaria Municipal
do Verde e Meio Ambiente, a fim de ampliar a todos os parques.
Os próximos serão: Ibirapuera, Villa Lobos,
Trianon e Buenos Aires.
Tudo começou com Sabrina Campos
que, no ano de 2003, se dedicava a pesquisar de que forma
o deficiente visual poderia se capacitar para gerir sua própria
renda. Na época, chegou a conclusão que as universidades
não estavam preparadas para receber esse público.
Foi então que conheceu sua massoterapauta, uma cega.
Em 2006, Sabrina criou a ONG
Instituto Vera - voltada a apoiar pessoas com necessidades
especiais – da qual surgiu o Quinteto. “A idéia
é fazer com eles tenham sua própria clínica”,
fala Sabrina. Ela conta que no início ganhavam em torno
de R$ 40,00 por dia, mas atualmente chega a R$ 180,00. “É
um meio que a gente arrumou para ganhar alguma coisinha”,
declara Fábio.
Neste mês foi inaugurada a primeira
clínica de atendimento do Quinteto Maravilha, na Barra
Funda, que funciona dentro do Teatro Julia Bergmann (nome
dedicado a filha do idealizador do teatro, Marcelo Bergmann.
Uma garota também deficiente visual). A proposta está
sendo levada para a Espanha e outros estados brasileiros.
Serviço:
Clínica Quinteto Maravilha
Rua Cruzeiro, 256 - Teatro Julia Bergmann
Barra Funda, São Paulo (SP)
3392 - 4240
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