Desse
sábado até 19 de dezembro, São Paulo
será a capital das artes plásticas. Começou
a 26ª Bienal, que ocupa o pavilhão do Parque do
Ibirapuera com obras de 135 artistas de 62 países diferentes.
É uma Bienal cheia de novidades. Para começar,
neste ano não está sendo cobrada entrada. Com
isso, espera-se atrair um público superior a um milhão
de pessoas nos quase três meses de exposição.
Ainda assim, os organizadores não esperam problemas
com filas.
"Teremos um sistema de controle de entrada com células
foto-elétricas, mas não esperamos problemas
porque não haverá catracas ou nada do tipo",
afirma o curador da mostra, o alemão Alfons Hug.
Novos Picassos
Outra diferença em relação a
edições anteriores é que, como a mostra
de 2002, a desse ano também não haverá
o chamado "núcleo histórico", no qual
eram apresentados trabalhos de artistas consagrados e conhecidos
do grande público. A idéia é privilegiar
o novo, o contemporâneo e o desconhecido.
"Até os anos 90, só existiam a Bienal
e alguns poucos museus para apresentar obras consagradas ao
público. Agora, há mais espaços para
isso. Então, resolvemos acabar com essa idéia.
O papel da Bienal é justamente buscar o novo, os Portinaris
e Picassos de amanhã", diz o presidente da instituição,
Manoel Francisco Pires da Costa.
Para não dizer que não haverá absolutamente
nada de conhecido do grande público, a Bienal fará
uma homenagem a Cândido Portinari, com projeções
de suas obras, em parceria com a BM&F.
A mostra estará distribuída pelos três
andares do pavilhão. No térreo, por causa do
pé-direito alto, estão concentradas as esculturas
e instalações de grande porte, como o "fusca
giratório" do austríaco Leo Schatzl, que
promete ser uma das sensações da mostra. No
segundo andar, as pinturas e fotografias, a exemplo do trabalho
do equatoriano Pablo Cardoso, que retratou sua viagem de Cuenca
(sua cidade) até São Paulo em 320 pequenos quadros
pintados a partir de fotografias preto-e-branco. No mesmo
andar, numa área mais escura, a ala de fotografia africana
e as vídeo-instalações. Finalmente, no
terceiro piso, quadros e fotos, como o rosto do papa João
Paulo II formado por 3.500 soldados cariocas.
Serviço
26ª Bienal de São Paulo
Parque do Ibirapuera, Portão 3.
Entrada gratuita.
De seg à qui, das 9h às 22h. Sex, sáb
e dom, das 9h às 23h.
tel : 5574-5922, ramal 4.
As informações são
do Globo Online.
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