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Segundo
secretário de Cultura, licitação será
aberta amanhã; projeto abrigará complexo cultural
no centro de São Paulo
Área servirá de
sede e local de ensaio para corpos artísticos, como
a Orquestra Sinfônica Municipal; custo estimado é
de R$ 70 milhões
As obras da praça das Artes, projeto da Prefeitura
de São Paulo que pretende transformar o quarteirão
atrás do Teatro Municipal em complexo cultural, devem
começar no segundo semestre. A conclusão está
prevista para 2010.
A licitação para a execução do
projeto será aberta amanhã. O custo estimado
é de R$ 70 milhões, montante já incluído
no Orçamento.
Iniciado em janeiro de 2006, com um decreto que declarava
de utilidade pública áreas no entorno do Municipal,
o projeto integrará edifícios antigos -alguns
de fachada tombada- e outros a serem construídos.
A intenção é que eles sirvam de sede
e local de ensaio para corpos artísticos da cidade
-como as orquestras Sinfônica Municipal e Experimental
de Repertório, os corais Lírico e Paulistano,
o Balé da Cidade e o Quarteto de Cordas.
Atualmente, esses órgãos estão em locais
nem sempre adequados -alguns não têm nem local
próprio para ensaios. Está prevista até
uma piscina para condicionamento dos artistas.
O complexo abrigará ainda as escolas municipais de
Música e de Bailado, o Centro de Documentação
Artística e um anexo para o Teatro Municipal -que hoje
tem apenas uma área no subsolo-, além de unidades
administrativas.
Haverá um restaurante, aberto ao público, assim
como as 200 vagas de uma garagem subterrânea. Também
será possível assistir a ensaios abertos -e
apresentações poderão ocorrer em auditórios
locais.
O térreo será aberto, servindo de passagem entre
a rua Conselheiro Crispiniano, a avenida São João
e o vale do Anhangabaú (rua Formosa).
Pequenos comércios e serviços funcionarão
nessas vias, que formarão um "T", incorporando
o Conservatório Musical e os cinemas pornôs Cairo
e Saci. Segundo o secretário de Cultura, Carlos Augusto
Calil, as desapropriações necessárias
já estão em andamento.
Revitalização
De acordo com Calil, a praça das Artes impulsionará
a recuperação do centro -com o incentivo a atividades
noturnas e uso progressivo de edifícios como moradias
de artistas.
Há ainda a possibilidade de integrar a praça
com o cine Marrocos, vizinho, que seria transformado em um
conjunto de salas de cinema. A rede Cinemark já fez
um estudo da proposta que, por enquanto, está paralisada.
O prédio abriga hoje conjuntos de escritórios.
O projeto da praça partiu do arquiteto Marcos Cartum,
ligado à secretaria, e foi elaborado pelos arquitetos
Marcelo Ferraz e Francisco Fanucci, do escritório Brasil
Arquitetura.
Segundo Calil, o escritório foi escolhido por ter experiência
em intervenções contemporâneas em bens
históricos -como a urbanização da Vila
Nova Esperança, no centro de Salvador. Não é
exigida licitação para projetos arquitetônicos.
Mariana Barros
Folha de S.Paulo
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