João
Batista Jr.
Freqüentada por cinéfilos (Espaço Unibanco,
HSBC), boêmios (Ibotirama e Vitrine são os bares
mais conhecidos), gays (A Loca, O Gato), descolados (Vegas,
Sarajevo, La Peju) e prostitutas, a região da rua Augusta
tem sentido nos últimos meses crescer o ataque de grupos
preconceituosos.
“Desde a Parada Gay [10 de junho] começamos
a realizar um trabalho de prevenção para que
não haja mais ataques”, conta a delegada Margarette
Barreto, da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância
(Decraidi).
“Os ataques na região sempre ocorreram, mas
agora ganharam mais visibilidade”, acredita. Para a
delegada, antes os atacados sentiam vergonha de prestar queixa
na polícia. “Mas, depois que realizarmos um trabalho
de conscientização para que as pessoas denunciassem,
isso mudou.”
Cadastramento
Depois de explicar à população a importância
da denúncia, o Decraidi agora realiza um trabalho de
cadastramento. “Na verdade, o que fazemos é averiguar
na região da rua Augusta os tipos suspeitos. Se virmos
pessoas que têm visual que lembra os skinheads, vamos
checar se eles apresentam antecedentes criminais.”
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