Erika
Vieira
Saber fazer escultura em legumes e frutas, essa é a
nova habilidade que um profissional precisa ter para trabalhar
nos restaurantes e bares da capital brasileira da gastronomia.
Ser criativo e jeitoso com as mãos é o principal
quesito para os candidatos que desejam ingressar no mercado
dos bares e restaurantes paulistanos.
Não é à toa que o curso de Garde Manger
está sendo um dos mais requisitados na Escola de Hotelaria,
Gastronomia e Turismo João Dória Júnior,
pertencente ao Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares
e Similares de São Paulo. O aluno aprende a criar arranjos
para mesas e pratos usando como matéria-prima a própria
comida, que pode ser um legume, uma raiz ou uma fruta. Em
função da demanda inesperada, o curso precisou
passar por uma reformulação e volta a compor
a grade curricular da escola somente em 2008.
Outro segmento culinário que tem procurado pessoas
especializadas é o de molhos e saladas. “Hoje
os donos de restaurantes estão pedindo profissionais
que saibam preparar molhos e saladas”, fala Sandra Helena
Marques, responsável pelos cursos de gastronomia da
escola João Dória Júnior.
Apesar desses dois cursos estarem ganhando bastante destaque,
os que mais tem procura ainda são os de cozinha (fazer
e montar pratos) e pizzaiolo. “Para os de cozinha estamos
tendo que montar uma turma atrás da outra”, diz
Sandra. A qualificação dura de 10 a 30 dias,
com turmas de 8 a 12 alunos. “Dentro do meu quadro de
empregos, de 70 a 80% das vagas é para atender bares
e restaurantes”, afirma Fabiana Leite Brandini coordenadora
dos cursos da Escola de Hotelaria, Gastronomia e Turismo João
Dória Júnior.
Hotéis
Já os hotéis continuam contratando,
em maior quantidade, profissionais para atuarem na recepção
e na governança (camareiras e limpeza de quarto). “O
recepcionista de hoje e do futuro precisa saber pelo menos
inglês e espanhol”, diz Fabiana Leite Brandini.
Ela também conta que o curso de camareira é
o que mais tem procura.
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