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Keila Baracal
A chama da vela substitui o relógio e controla o tempo
durante o qual o samba será tocado. A cena, comumente
vista pela comunidade de Santo Amaro (zona sul), vai parar
no largo Santa Ifigênia (Centro), em um palco montado
apenas para o samba durante a Virada Cultural. Esse é
o Samba da Vela, grupo que se apresentará nos próximos
dias 26 e 27, encabeçando uma lista de muitos sambistas
que farão do projeto.
“A Virada é um evento
importante para a cidade”, disse Magno Souza, um dos
seus fundadores. O músico explica que o repertório
da apresentação contará com todas as
músicas já conhecidas da comunidade.
Além do Samba da Vela, o palco
da Virada recebe no sábado as batucadas do Samba da
Laje (roda de samba feita em cima da laje de uma casa, na
zona sul da capital). A idéia do grupo é afinar
as cordas e os batuques para mostrar para a platéia
o som produzido em São Paulo. Canções
como "Velho Ateu", de Eduardo Gudin, e "Volta
por cima", de Paulo Vanzolini, serão interpretadas
pelos músicos da Laje. “O samba paulista tem
a mesma qualidade do samba carioca. O problema é que
poucas pessoas o conhecem”, explicou Bruno Rocha, um
dos músicos responsáveis pelo repertório
do grupo.
A programação
da Virada Cultural prevê também a apresentação
da Velha-Guarda da Vai-Vai, de Osvaldinho da Cuíca,
de Royce do Cavaco e de Sombrinha, entre outros. A programação
completa sobre a virada de samba pode ser acompanhada no site
www.viradacultural.org,
no link “Boteco de Bambas”.
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