Erika
Vieira
Quem compra é quem decide quais
serão os vendedores que vão participar da Endossa/Loja
Colaborativa. A loja abriu suas portas há cerca de
duas semanas, com a proposta inédita na cidade de São
Paulo de funcionar a partir dos princípios da internet.
“Queremos evocar a web 2.0, conhecida como a internet
colaborativa. Consideramos a nossa loja como mais ou menos
um site, é o público que elege quem fica”,
explica Carlos Margarido, um dos proprietários.
A Endossa aluga prateleiras para que
os interessados vendam seus produtos. O aluguel varia de R$100
a R$350, dependendo do tamanho. Mas quem aluga precisa de
uma consignação, é ai que entra o consumidor.
Cada compra funciona como um voto, o empreendedor que atinge
o número de votos necessário pode continuar
alugando o espaço.
A loja vem atraindo os mais ecléticos
tipos de artesãos, estilistas e criadores de produtos
exóticos. “Estamos satisfeito com a procura.
Esperávamos ter umas 30 prateleiras alugadas e já
temos mais de 100.” Já o público varia
desde os freqüentadores dos espaços culturais
alternativos da rua Augusta, até os trabalhadores mais
conservadores da avenida Paulista.
Três publicitários decidiram
criar a Endossa depois que leram “Emergência”,
de Steven Johnson. O livro aborda o modo das formigas se organizarem.
Sem cara de vendedores, os donos Carlos Margarido, Rafael
Santos Pato e Gustavo Ferriolli também contribuem para
o ar irreverente do lugar. Barbudos eles substituem as tradicionais
“mocinhas” que ficam atrás do balcão.
Serviço:
Endossa/Loja Colaborativa
Rua Augusta, 1.360 – São Paulo
aberto das 12h às 20h
www.endossa.com
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