Malabarismos
e palhaçadas trazem artistas com novo perfil para a
cidade
Keila Baraçal
Mais de 200 circos em todo o estado de São Paulo se
preparam para mostrar ao respeitável público
um formato renovado e moderno. E amanhã (27/03) data
em que se comemora o Dia do Circo, pode ser uma boa oportunidade
para se conferir todas essas novidades.
“O circo deixou de ser hereditário,
onde o pai passava em segredo a atração para
o filho. Ele agora contrata novos artistas, mais bem preparados”,
diz a presidente da Cooperativa Paulista de Circo, Bel Toledo.
Agora o circo admite novos artistas, a maioria jovens de classe
média, que são formados em academias e escolas
especializadas em arte. Ser circense é uma carreira
cujo salário pode chegar a R$ 2 mil.
Bel acredita que toda a transformação
do circo se deu por conta das novas tecnologias. “As
pessoas também querem ver algo mais moderno, inovador.
O circo teve que se adaptar a essa realidade. Acho que as
escolas também democratizaram a entrada de novos artistas
aos espetáculos”, afirmou.
Espetáculos como o Roda
Brasil, feito com a turma dos Parlapatões e também
da Pia Frau, ambos grupos de teatro, já mostram os
novos moldes brasileiros de agregar diversos tipos de arte
no mesmo picadeiro, na opinião da presidente. As apresentações,
sem deixar o bom humor e até mesmo a sensação
de medo, não mudaram, mas têm um quê de
inovador. Chegaram ao palco com acrobacias, música,
vôos radicais e bonecos gigantes. Animais não
entram nas apresentações.
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