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Keila
Baraçal
“Preciso fazer alguma coisa
para melhorar o mundo.” O exemplo de atividades para
o seqüestro de carbono (CO2) é tido como “fácil”
pela professora de geografia Wilma Helena Francisco Penna
Sallovitz, 57. Há cinco anos ela leva para os alunos
da Emef Esmeralda Salles Pereira Ramos o assunto de aquecimento
global, por acreditar que seja um tema importante a ser debatido.
E este plano de aula deu tão certo que, no ano passado,
seus alunos plantaram em um terreno perto da escola - no Jardim
Tremembé, zona norte da capital - 80 mudas de árvores.
“A idéia foi muito simples.
Agora, pretendemos plantar outras 400 mudas”, anima-se
a educadora, já fazendo projeção ao trabalho
dos alunos para este ano. Wilma conta que há, pelo
menos, vinte anos aboliu o uso da lousa em suas aulas. Para
isso, teve que encontrar novas alternativas de ensinar os
conceitos de geografia. “Vivo comprando filmes. Faço
deles meu material de apoio”, conta.
E foi por esta iniciativa que, há
pelo menos cinco anos, Wilma trabalha com o filme: “O
clima e o homem até 2050”. O material da professora
aborda didaticamente questões ligadas ao planeta. Foi
através do filme que, segundo a professora, os estudantes
aumentaram seus conhecimentos. Então, o próximo
passou foi colocar em prática o que foi aprendido em
sala de aula. “Vamos seqüestrar o gás carbônico”,
pensou ela.
Através do site www.carbononeutro.com.br,
conseguiu técnicas simples de se melhorar o ar. O material
– que estava em inglês (hoje o site já
se encontra em português) – foi traduzido pela
professora da língua. As fórmulas – adaptadas
à realidade dos Estados Unidos – foram transformadas
para a metodologia brasileira. E com isso, foram plantadas
unidades de araucária, ipê, sibipiruna, entre
outras.
Como a professora se sente?
“Missão cumprida. Sei que na área da educação
as coisas demoram a dar resultadas, mas com quase trinta anos
de carreira, eu sei que eles aparecem”, garante.
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