João
Batista Jr.
Endereço descolado da rua Augusta, a Galeria Ouro Fino
vai remodelar seu último andar com a promessa de dar
frescor ao local freqüentado por um público jovem
ligado à moda. A maior parte do 3º andar será
ocupada pela produtora de cinema Ouro 21, de Homero Olivetto,
que funcionará 24 horas. Batizado como Laje, o andar
também abrigará a gravadora Oloko Records, a
editora da jornalista Mônica Figueiredo, o Mercado Mundo
Mix, o ateliê M. Butterfly, o escritório do jornalista
Rodrigo Pitta e a primeira “Sticker Gallery” do
Brasil – batizada de Cubículo.
“A Galeria de Adesivo é uma brincadeira séria,
todas as exposições terão curadoria e
vamos produzir material numerado e em série”,
revela Baixo Ribeiro, fundador da Choque Cultural e idealizador
do Cubículo. “A proposta de ir para a Ouro Fino
é bacana, pois haverá um diálogo com
um público jovem que gosta de artes diferentes”.
Conhecedor de arte urbana como poucos, Baixo vê na
Ouro Fino um potencial a ser explorado. “O lugar tem
de potencializar atividades mais underground, com lojas vendendo
monstrinhos e peças de carro customizadas”.
Coordenadora das instalações da Laje, Flávia
Soares afirma que as diferentes artes a serem trabalhadas
no andar devem dialogar. “A idéia é que
haja um intercâmbio entre tudo”. Como a produtora
Ouro 21 funcionará 24 horas, espera-se que as lojas
da galeria estendem seus horários – o atual horário
de fechamento é às 20h. “Tem o problema
de fechar cedo, pois o público que freqüenta é
jovem e curte a noite”, finaliza Baixo.
A Laje da Galeria Ouro Fino terá seu projeto finalizado
em 14 de junho.
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