Keila
Baraçal
Quem acha que o ditado “Quem
vive de passado é museu” está correto,
engana-se ao saber que, na rotina dos paulistanos, a atividade
está mais atual do que nunca. A pesquisa Datafolha,
divulgada recentemente mostra, por exemplo, que mais de 25%
dos paulistanos freqüenta os acervos da cidade. O número
de visitas ultrapassa municípios como Curitiba (PR),
Belo Horizonte (MG) e Rio de Janeiro. Entre públicos
e privados, a platéia pode se preparar para conhecer
novos locais, conforme sua preferência. As mais recentes
opções de viagens a um passado – não
tão longe da realidade contemporânea –
passam pelo Museu do Futebol, do Folclore, da TV, da Criança
e do Macarrão. Da lista, todos têm um "quê"
de novidade, seja pela inauguração, pela reforma
ou pelo projeto em fase de concepção.
Com lançamento previsto para
o próximo dia 30 de junho na Casa das Retortas (Brás),
o projeto da criação do Museu da TV será
concebido para ter um espaço total de mais de 25 mil
metros. A idéia é mostrar objetos e documentos
ligados ao jornalismo, televisão etc. Quando o prédio
ficar pronto – em data ainda não definida –
terá também oficinas, seminários e exposições
temáticas ligados aos eventos promovidos no espaço.
A partir do segundo semestre deste
ano, a garotada também vai se divertir com a chegada
de um local dedicado ao tempo da infância. Batizado
de “Catavento”, a Secretaria Estadual de Cultura
pretende instalar no Palácio das Indústrias
um lugar lúdico, com objetos que propiciem a curiosidade
e vontade de aprender.
O esporte que é paixão
nacional também tem vez. Montado no estádio
do Pacaembu, o Museu do Futebol também será
lançado em agosto. Dividido em três andares,
as salas dos museus já estão com nomes definidos.
São elas: Sala dos Clubes (para reunir objetos usados
pelos torcedores); Pé na Bola (exposição
que vai mostrar a evolução da bola); Sala das
Torcidas (local que reproduz gritos reais das torcidas) e
Sala dos Jogadores (reprodução em tamanho natural
das imagens dos jogadores do esporte).
Do campo para a mesa, o Museu do Macarrão,
(bairro do Limão), gerido por uma fábrica de
massas, nasceu com a idéia de mostrar a cultura italiana.
Possui mais de 50 peças, que vão desde máquinas
de fazer macarrão, até panelas para cozinhar
polentas. Por conta do volume de peças históricas
e o pequeno espaço, o museu está com apenas
algumas peças expostas e deve mudar de endereço.
Para finalizar, o Museu do Folclore
abre portas para o mundo da cultura popular. Provisoriamente
chamado de “A mão do Povo”, o local é
uma junção de dois acervos: o Museu do Folclore
Rossini Tavares de Lima e a coleção “Missão
de Pesquisas Folclóricas”, coordenada pelo escritor
Mário de Andrade em 1938. De acordo com a Secretaria
Municipal de Cultura, o acervo deverá ficar no Parque
do Ibirapuera e ter mais de 3,5 mil objetos e duas mil fotos.
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