Erika
Vieira
A exemplo do acontecido em Bangladesh, com o “banco
dos pobres” (tendo seu fundador, Muhamad Yunus, vencedor
do Prêmio Nobel da Paz de 2006) a cidade de São
Paulo também possui crédito para pessoas de
baixa renda excluídas das redes bancárias.
Através do Programa São
Paulo Confia R$ 45.176.154,16 já foram emprestados
para pessoas da classe D e E, que possuem algum tipo de empreendimento,
geradores de capital e emprego.
”Esse programa é êxitoso no combate das
desigualdades sociais. Heliópolis (comunidade carente
da zona sul) mostra que quem se organiza com os empréstimos
consegue romper a barreira da pobreza”, explica o secretario
municipal do trabalho Gilmar Viana. Em Heliópolis (bairro
populoso com 125 mil habitantes) muitos dos negócios
foram desenvolvidos via aos empréstimos, completa o
secretário.
O sistema de crédito é destinado a grupos solidários,
ou seja, pessoas da própria comunidade se reúnem
para obter um certo valor. Este mesmo grupo se compromete
a pagar as mensalidades, caindo o número de inadimplência.
“1/3 do público atendido está com o nome
“sujo” na praça”, diz Viana, mas
apesar disso, eles honram o compromisso com o São Paulo
Confia por estarem unidos no grupo solidário. Empréstimos
individuais também são feitos, porém
em menor escala.
As pessoas que procuram o primeiro crédito geralmente
o utilizam para subsidio em comércios como: bancas
em feiras, carrinho de cachorro quente, vendedores de pipocas,
etc. Já quem procura o serviço por diversas
vezes consecutivas solidifica o empreendimento, como é
o caso de salão de cabeleireiro, lanchonete, entre
outros. ”Pela intercessão financeira você
atinge a fronteira do capitalismo, que é a classe D
e E”, declara o secretario.
Seis bairros contam com o programa (Heliópolis, Brasilândia,
M’Boi Mirim, São Miguel Paulista, Jardim da Conquista
e Jardim Helena) , e mais duas unidades serão implantadas
em Guaianazes e Cidade Dutra.
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