O Instituto
DNA Brasil foi criado em 2004 com o objetivo de repensar o
país estrategicamente, de forma sistemática
e com preocupação interdisciplinar. Pretende
estimular a reflexão sobre o Brasil do futuro, desenhar
visões de qual país a sociedade deseja. A idéia
de criar um instituto com este objetivo surgiu na Fundação
Semco, que reuniu em 2002 um grupo de pessoas que acabou se
transformando no Comitê Idealizador do Instituto. Os
primeiros a se reunirem para pensar o DNA o do Brasil foram
os empresários Emerson Kapaz, Horácio Lafer
Piva, Hugo Marques da Rosa e Ricardo Semler, os professores
Eduardo Giannetti da Fonseca, João Sayad e Gilson Schwartz
e os jornalistas Caio Túlio Costa e Leão Serva.
Atualmente, o Instituto é composto por um grupo de
brasileiros representativos das mais diversas áreas
de atuação que somam setenta personalidades.
Entre os membros estão cientistas, empresários,
médicos, economistas, antropólogos, artistas,
religiosos, filósofos, psicanalistas, historiadores,
pessoas de diversas áreas do conhecimento. Horácio
Lafer Piva é o presidente da diretoria executiva.
Dna do Brasil Real
O evento DNA do Brasil Real reunirá 50 cidadãos
brasileiros de todas regiões do país escolhidos
conforme a divisão sócio-econômica brasileira.
Durante três dias, reclusos no Instituto Pio XI, em
São Paulo, eles repassarão os mesmos temas discutidos
no primeiro evento do DNA Brasil por intelectuais e empreendedores
de renome nacional.
É a primeira vez que um evento deste porte dá
voz aos brasileiros “reais”, vindos de um Brasil
totalmente ignorado, nunca ouvido, e escolhidos conforme a
representação de cada um conforme a matriz do
IBGE. Por exemplo, neste evento se reunirão 26 mulheres
e 24 homens (porque o Brasil tem mais mulheres do que homens),
21 pessoas sem renda própria advinda do trabalho, compostas
por donas-de-casa, estudantes, desempregados e pessoas que
vivem de algum tipo de assistência social (porque no
Brasil real, 42% das pessoas estão nesta situação).
O encontro é organizado pelo Instituto DNA Brasil
e acontecerá entre os dias 26 e 28 de agosto, no Instituto
Pio XI, em São Paulo.
São homens e mulheres de todas as raças, níveis
sociais, escolaridades, deficiências, religiões,
faixas etárias e das cinco regiões do país.
Eles foram encontrados pelo Instituto DNA Brasil com a ajuda
de cerca de 200 entidades, ONGs, institutos, associações
e fundações atuantes no país.
São pessoas que se encaixam em 50 perfis previamente
traçados com base nas estatísticas do último
Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
para a divisão populacional do país. A formatação
dos perfis e a procura dos personagens levaram quase um ano
para ficarem prontas.
O DNA do Brasil Real é uma continuidade do 1º
Fórum DNA Brasil, realizado no ano passado em Campos
do Jordão, quando um grupo de 50 personalidades se
reuniu para pensar o Brasil estrategicamente. Estiveram presentes
Adélia Prado (Poesia), Adib Jatene (Medicina), Celso
Lafer (diplomacia), Miguel Nicolelis (neurocientista), Candido
Mendes (educação), Paulo Nogueira Neto (ambientalismo)
e Regina Casé (Atriz), entre outros.
Cada um dos 50 cidadãos convidados a participar do
DNA do Brasil Real tem envolvimento com trabalhos comunitários
e o compromisso individual de ajudar a construir um Brasil
melhor. “Neste encontro poderemos comparar o Brasil
dos intelectuais, discutido no evento do ano passado, com
o Brasil profundo, aquele vivenciado pela população.
Certamente descobriremos óticas diferentes e teremos
a oportunidade de estudar onde estas diferenças são
mais gritantes”, diz Caio Túlio Costa, diretor
geral do evento.
Em plenárias e salas temáticas, os cidadãos
discutirão 15 temas: preservação ambiental
e desenvolvimento; educar para quê?; política
para quê?; nós e o mundo; religião; quem
manda em nós?; novo jeito de trabalhar; exclusão
social; propriedade intelectual e competitividade; consumo
x sustentabilidade x lucro; saúde; miséria x
riqueza; nova longevidade; o Brasil do “por fora”.
Nas salas temáticas haverá mediadores, membros
do conselho do instituto, que assumirão o papel de
“provocadores” das discussões.
Após a realização do evento serão
lançados produtos com o resultado das discussões.
É provável que um livro-reportagem seja produzido.
As informações são
a FSB Comunicações.
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