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Erika Vieira
Profissionais da área de saúde vem adotando
no Brasil a prática da Clínica do Trabalho.
Muito difundida na França, o método foca no
tratamento da saúde do trabalhador sem tirá-lo
de dentro do ambiente profissional.
”Geralmente a pessoa que está doente se isola,
então se você consegue adequar o tratamento a
realidade do trabalho fazendo com que ela continue trabalhando,
consequentemente ela vai se sentir melhor e mais útil”,
explica Maria Cristina Capobianco, coordenadora da Saúde
Mental do Trabalhador e do Programa Pró-qualidade de
Vida da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Os tratamentos tradicionais costumam
cuidar dos sintomas isoladamente, até que a pessoa
melhore. Já na Clínica do Trabalho os fatores
que levam ao adoecimento são levados em consideração.
Toda a organização da empresa é diagnosticada
e cuidada. Para isso, os médicos, terapeutas e psicólogos
entram dentro do ambiente de trabalho do paciente e formulam
um método levando em conta as relações
entre os funcionários, a carga horária, a organização
do trabalho, etc. Grupos são organizados para ouvirem
dos pacientes o que pode ser transformado e como eles se sentirão
mais valorizados.
As Clínicas do Trabalho
atuam, como uma espécie de projeto piloto, na Unifesp,
na Fundação Getulio Vargas e na Faculdade de
Engenharia da USP.
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