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Keila Baraçal
As ações da prefeitura de Altamira, no Pará,
é um exemplo a ser seguido por outras unidades de poder
público. Lá, o município incentiva alunos
e professores a melhorarem seu desempenho na escola –
cada um, com sua respectiva atividade. O panorama foi recentemente
publicado pelo Unicef e destaca redes de aprendizagem, que
apontam práticas de boa qualidade do ensino.
Segundo a Secretária Municipal da Altamira, Nilcéia
Alves de Moura Oliveira, os programas de incentivo começaram
a ser oferecidos à comunidade em 2005. Para os professores,
houve um aumento salarial e prioridades de assistência
médica. Para os alunos, cursos de arte.
Todos os professores da rede municipal têm auxílio
saúde. Há um clínico geral, que fica
à disposição para atender a docência.
Caso o professor tenha algum problema, será imediatamente
encaminhado para o tratamento adequado - também feito
pela rede municipal.
E as autoridades do município não pensam somente
na saúde física do professor. Para evitar a
depressão entre os profissionais, o município
disponibiliza mensalmente ingressos gratuitos para que eles
freqüentem o cinema.
Qual seria o motivo para tanta atenção? A secretária
explica: “Com os altos índices de violência,
a sociedade delegou à escola todo o poder de formação
do estudante. Já ouvi mãe dizendo que desistiu
de educar o filho. Ela acabou jogando toda a responsabilidade
para a os professores que, por sua vez, ficam estressados”,
disse.
Mas não foi apenas o auxílio aos professores
que a qualidade do ensino melhorou. Todos os alunos também
recebem, como forma de incentivo, aulas culturais. Na cidade
há cursos de dança, esporte, entre outros. “Os
alunos amam isso”, conta Nilcéia.
Em troca, os jovens são obrigados a manter boas notas
na escola. “E, de fato, mantêm”, confirma
a secretária. A iniciativa de Altamira deu tão
certo que a Secretaria de Educação já
explica sua metodologia para cidades vizinhas.
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