Erika Vieira
O Largo da Concórdia será reformado tornando-se
a nova área verde do Brás, com 10.000 m²,
a decisão foi da subprefeitura da Mooca que visa fazer
do local um espaço a ser utilizado pelos pedestres.
De acordo com a subprefeitura, atualmente o lugar é
usado apenas por uma parte da população (os
camelôs) perdendo seu caráter de espaço
público.
Tradicionalmente desde sua criação, em 1840,
o largo foi projetado para ser um grande calçadão
para as pessoas circularem. Em função da estação
de trem e do forte comércio têxtil concentrado
no bairro a região recebe pedestres de todo Brasil
necessitando dispor de espaço para circularem. Porém,
o calçadão estava sendo tomado por barracas
e a arquitetura da praça escondida embaixo das lonas.
Agora a proposta é plantar novas árvores, recuperar
as fachadas dos comércios e iniciar um processo de
despoluição visual.
O fluxo de pedestres no Largo da Concórdia costuma
ser de 30 mil pessoas diariamente. Já no mês
de dezembro, em função das festas de final de
ano, esse número chegou a alcançar picos de
500 mil pessoas por dia.
Os problemas do local vinham se agravando há 16 anos,
até o Ministério Público já havia
efetuado reclamação por irregularidades. A questão
mais crítica é a da limpeza, os órgão
competentes tem dificuldade em fazer o trabalho por causa
da concentração de camelôs, por isso o
largo virou problema de saúde pública.
Os camelôs que ocupavam o local eram 800, sendo regularizados
somente 250. Para os regularizados a subprefeitura está
fazendo um estudo a fim de definir o melhor lugar para recoloca-los,
enquanto isso eles estão instalados em shoppings populares
como Sayão Lobato, Oriente, Maria Marculina, entre
outros. A vantagem desses shoppings é que mais empregos
formais são criados, pois aumenta os serviços
da praça de alimentação, a equipe de
limpeza, etc.
|