|
Um verdadeiro rali urbano é o que Zilda Roque,
47, artesã e voluntária do Conselho Municipal
da Pessoa Deficiente, enfrenta todos os dias quando sai de
casa.
Zilda, que é paraplégica, destaca entre os problemas
enfrentados pelos deficientes físicos em São
Paulo, a estrutura precária (calçadas esburacadas
ou estreitas, falta de rampas e de guias baixas) e a falta
de educação das pessoas. "Quase nunca há
rampa e, quando há, se não estão quebradas,
as pessoas estacionam carros e motos, obstruindo o acesso."
A maneira que encontrou para se locomover
não é segura. Quando sai do Itaim Paulista,
onde mora, ela disputa o asfalto com ônibus, carros
e motos até chegar ao centro. Às vezes, Zilda
cai. Mas não desiste. "Pela calçada não
dá".
A cidade tem hoje apenas 15.000 rampas adaptadas, exigidas
por legislação municipal e federal.
Ontem, a prefeita Marta Suplicy assinou
um protocolo de parceria com seis associações
empresariais para incentivar a melhoria das condições
de acessibilidade (para deficientes físicos, visuais
e auditivos) em seus empreendimentos.
A prefeitura vai intensificar o programa
de rebaixamento de guias e receber rampas pré-fabricadas,
que tem custo mais baixo (custam R$ 400 contra R$ 550 das
convencionais). Além disso, em vez de três dias,
as pré-fabricadas demoram um dia para ficarem prontas.
Segundo o secretário-executivo da Comissão Permanente
de Acessibilidade, Edson Passafaro, o investimento previsto
para 2004 é de R$ 3 milhões.
As informações são
do jornal Folha de S.Paulo.
|