São Paulo, sábado, 16 de agosto de 2008

Explicação do desconhecido

DAS ENVIADAS ESPECIAIS

Você sabia que o avô do seu tataravô já ouvia histórias de fantasmas e assombrações? Elas vieram a bordo das caravelas portuguesas, em 1500.
À época, acreditavam que no mar, entre Portugal e o Brasil, existiam monstros gigantes, em forma de cobras, cachorros, onças e tamanduás.
As lendas e os mitos explicam o mundo que a gente não entende direito. E também assustam para que ninguém faça coisas erradas nem desobedeça às regras.
Com a história do Lobisomem não é diferente. Antigamente, pessoas muito religiosas diziam que as crianças que não eram batizadas viravam Lobisomens, para obrigar as famílias a seguir a religião católica.
Mas não é só isso. O mito desse homem que vira lobo está ligado a algumas doenças que deformam o corpo da pessoa e a fazem ter a aparência de um lobo.
Isso aconteceu com o personagem José Amaro, no romance "Fogo Morto" (1943), de José Lins do Rego (1901-1957). Uma doença fez Zeca ficar com os olhos amarelos e o corpo inchado.
Como tinha a barba e os cabelos longos e gostava de caminhar pelo mato nas noites de lua cheia, todos passaram a temê-lo como Lobisomem.
A notícia se espalhou como praga. Zeca ficou arrasado. "Fogo Morto" faz suspense até o final sobre a metamorfose de Zé Amaro em Lobisomem. Você não pode deixar de ler! (MRC e CC)

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