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Doações de empresas são declaradas
à Justiça Eleitoral, afirmam partidos
DA REPORTAGEM LOCAL
Dirigentes e tesoureiros do
PSDB e do PT dizem que as doações das empresas são legais e estão declaradas à Justiça Eleitoral.
Artur Virgílio Neto (líder do
PSDB no Senado) era tesoureiro
do Diretório Nacional do partido
em 2002, quando a sigla recebeu
R$ 14,4 milhões em doações, sendo R$ 12,5 milhões de empresários. Ele conta que cuidava da
contabilidade era Márcio Fortes.
Secretário-geral do Diretório
Nacional do PSDB em 2002, Fortes disse que a doação ao partido
"é perfeitamente possível e legal".
Porém, afirmou que, "a rigor, esse
dinheiro não pode ser usado em
campanha". "É para atividades
partidárias. É por isso que para
atividades de campanha é formado um comitê, que merece até a
construção de um CNPJ próprio."
Sobre o valor das doações em
2002, no entanto, disse: "Desconheço esses R$ 14 milhões". Fortes também enfatizou que, "na
minha época, dinheiro de partido
não era usado em campanha".
O advogado do Diretório Estadual do PT nos processos de prestação das contas ao Tribunal Regional Eleitoral, Hélio Freitas de
Carvalho da Silveira, disse que as
doações "respeitam a legislação".
Luiz Gonzaga, diretor de desenvolvimento e comunicação da Vega, acredita que a prática é "mais
democrática", porque permite ao
partido decidir a qual candidato
pretende redistribuir os recursos.
"Não tenho por que esconder as
doações. Não estou fazendo nada
fora da lei. Omitir o quê?", disse.
A empresa doou em 2002 R$
275 mil ao diretório estadual do
PT e R$ 750 mil ao nacional.
Na AES Tietê, que em 2002
doou R$ 60 mil para o diretório
paulista do PSDB, o presidente
atual, Eduardo Bernini, disse que
soube da doação pela Folha.
A Carioca Christiani Nielsen
Engenharia e a Splice do Brasil
não comentaram.
(CS, RV E CG)
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