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Investigação começou em março de 2002
DA AGÊNCIA FOLHA,
EM CAMPO GRANDE
As investigações do chamado caso DOF começaram
em março de 2000, com a
prisão de três ladrões de carro, e resultaram, em dezembro do ano seguinte, na
maior condenação de policiais em um só processo da
história de Mato Grosso do
Sul, considerado pela Polícia
Federal a principal rota de
entorpecentes do país e um
dos Estados incluídos no trabalho da força-tarefa do Ministério da Justiça.
Ao todo, 29 pessoas foram
condenadas em primeira
instância, das quais 17 eram
policiais, grande parte lotada
no DOF (Departamento de
Operações de Fronteira). O
DOF é uma unidade especial
que mistura policiais militares e civis, encarregada de
cuidar da fronteira com Bolívia e Paraguai.
O departamento se reportava diretamente à Secretaria de Segurança e ao governador, pulando a hierarquia
da PM e da Polícia Civil.
Os condenados mais famosos são o coronel Sebastião Otímio Garcia, ex-comandante do DOF, que
cumpre pena de 24 anos e
dois meses, e o major Marmo de Arruda, condenado a
20 anos. Ambos foram condenados por sequestro.
Desde 2000, três pessoas ligadas ao caso foram mortas,
entre elas um jovem que foi
confundido com uma testemunha; Adão Leite, ligado à
quadrilha; e, no final de julho passado, o advogado
Sérgio Azevedo Franzoloso,
que atuou na defesa de alguns dos policiais envolvidos no caso.
Ao longo do trabalho,
réus-colaboradores, promotores, delegados e até a juíza
que proferiu a sentença de
25 pessoas alegam ter sofrido ameaças.
(FM)
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