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MS/OUTRO LADO
Documento é "leviandade", afirma assessoria
Zeca do PT diz não conhecer relatório, que chamou de 'terrorismo eleitoral'
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
O governador de Mato Grosso
do Sul, José Orcírio dos Santos, o
Zeca do PT, informou por meio
de sua assessoria de imprensa que
não tem conhecimento do relatório da comissão de promotores e
que por isso não iria atender a reportagem da Folha.
Falando em nome do secretário
de Governo, Marcos Alex, a assessoria disse que o teor do relatório
é "uma leviandade" e que o governo vai tomar "providências judiciais por danos morais contra os
autores da denúncia".
A assessoria classificou o relatório de "terrorismo eleitoral" e disse que a notícia é "requentada e
datada de 1999".
Sobre o caso DOF, a assessoria
informou que "os principais acusados estão na cadeia". Afirmou
também que "o governador está
bem distante disso".
Em entrevista por telefone, o ex-secretário de Segurança Pública
Franklin Martins disse que o cabo
Manoel Figueiredo fez "algumas
vezes" sua segurança na condição
de secretário de Estado e que por
isso viajava com ele a sua fazenda.
Martins nega que a sua camionete tenha sido usada pelo cabo
Figueiredo para um sequestro.
Apesar de o caso ter sido divulgado em 2000, disse que nunca havia sido questionado sobre ele.
O ex-secretário confirma que
pediu a transferência dos três
réus-colaboradores. Segundo ele,
o sistema penitenciário é mais seguro do que uma delegacia e que,
como secretário de Segurança Pública, tinha competência para fazer tal pedido.
O desembargador Horácio Pithan informou, via assessoria de
imprensa do Tribunal de Justiça,
que não pode falar sobre o processo de habeas corpus do major
Marmo por razões éticas, já que
ainda está em tramitação. Sobre o
relatório, ele disse que não iria se
pronunciar porque o desconhece.
Procurador-geral do Estado entre 99 e este ano, Wilson Loubet
disse que a representação contra
o procurador Norton Camatte em
que Adão Leite foi testemunha
"não tem nada a ver com o governador" e que não lembra se Zeca
participou da ação.
Loubet disse que sua ligação anterior com Adão Leite foi apenas
profissional, em um caso de pedido de habeas corpus.
Sobre o major Marmo Arruda,
o advogado confirma que eles são
primos em primeiro grau, mas
nega que sejam próximos: "Eu
não tenho ligação com parentes,
não convivo com parentes, não
tenho contato com esse pessoal."
Ele alega que não se lembra de
ter sido seu advogado, conforme
afirma o relatório. "Em todos os
anos de profissão, já advoguei
mais de 10 mil processos".
Sobre o relatório, Loubet classifica de "leviandade" ligá-lo ao caso DOF. "Eu vou saber quem são
esses promotores para processar
todos eles."
Loubet disse também que não
sabia que seu ex-sócio Horácio
Pithan havia julgado o habeas
corpus do major Marmo. Ele confirma que namora a filha de Pithan, sua sócia no seu escritório
Pithan e Loubet.
O advogado José Valeriano
Fontoura diz que ele só fala após
ler o relatório. O coronel Garcia, o
major Marmo e o cabo Figueiredo
não tiveram representantes legais
seus localizados.
(FABIANO MAISONNAVE)
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