|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Entrada era paga com metade de cédula de R$ 50
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Uma busca policial dias antes
das eleições no comitê de campanha do candidato Olivan
Antonio de Bortoli (PP) resultou em uma das provas decisivas para a perda de seu posto
de prefeito de Campos Borges
(RS), mais de três anos depois.
Metade de uma nota de R$
50, com o número 102 anotado
a lápis, levou o Ministério Público a reunir provas testemunhais e afirmar que aquele 102
referia-se ao 102º eleitor que teria recebido metade de uma
nota de R$ 50 com a promessa
de que a outra parte viria após a
vitória do candidato do PP.
Essa acusação, aliada à de
oferecimento de mercadorias a
outros eleitores, acabou resultando na cassação em janeiro
deste ano. "Não me recordo de
prática semelhante", disse o
então procurador regional eleitoral, Francisco de Assis Sanseverino, que acompanhou vários casos de compra de voto
entre 2000 e março deste ano.
Já na cidade mineira de Matozinhos havia uma "central de
atendimento" aos cidadãos
montada por um deputado estadual que, de acordo com o
Ministério Público, atendia a
todo o tipo de pedido: cestas
básicas, ajuda médico-hospitalar, transporte para mudanças.
"A bem dizer, distribuíam de
tudo, de dentadura a caixão",
afirmou a então promotora de
Matozinhos, Christianne Cotrim Assad Bensoussan. Adão
Pereira Santos (PMN) foi eleito, mas acabou cassado em dezembro de 2001.
(RB)
Texto Anterior: Mandato interrompido: Corrupção eleitoral leva 72 prefeitos do país à cassação Próximo Texto: Saiba mais: Senado quer derrubar lei anticorrupção Índice
|