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Interesses locais moldam partido
DA REDAÇÃO
A existência de um certo grau
de incerteza a respeito da convenção do PMDB, que será realizada
no próximo dia 15, condiz com a
característica fundamental do
partido: a de ser uma federação de
interesses regionais e fisiológicos,
sem coerência ideológica e programática em nível nacional.
Característica inscrita no partido desde sua criação, em 1979, e
que já vem do MDB, sigla da qual
se originou e que encontrava seu
sentido no fato de ser a única oposição legal no regime militar.
A dificuldade de articular os diversos interesses regionais, organizados em torno de caciques locais, se expressa nos empecilhos
que surgem à coligação entre
PSDB e PMDB em vários Estados.
E o cálculo político sem cerimônia de setores do partido reforça
as dificuldades da aliança. A liderança de Luiz Inácio Lula da Silva
nas pesquisas atrai para a candidatura petista até mesmo peemedebistas que não se alinham com
os oposicionistas da legenda.
Na história recente do PMDB, o
grupo governista, liderado pelo
deputado Michel Temer (SP), tem
levado a melhor. Na última convenção, Temer foi eleito presidente da legenda com 62,7% dos votos válidos contra 37,2% para Maguito Vilela (GO). Apesar disso, a
oposição às vezes consegue atrapalhar. Em 1998, barrou o apoio
oficial do partido à reeleição de
Fernando Henrique Cardoso.
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