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ENTENDA O CASO
Advogado passou a ser investigado após ser citado no caso Waldomiro
DA FOLHA RIBEIRÃO
O advogado Rogério Tadeu Buratti, 41, começou a ser investigado em fevereiro pela Polícia Federal após ser apontado pelo ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência Waldomiro
Diniz como o elo para a renovação de contrato de R$ 650 milhões
com a Caixa Econômica Federal.
Simultaneamente, o Ministério
Público de Ribeirão Preto abriu
investigação do então vice-presidente do grupo Leão Leão, maior
empreiteira da cidade, com faturamento anual de R$ 200 milhões.
Com autorização da Justiça, os
telefones de Buratti e de outros
executivos foram grampeados.
Nas gravações, a Promotoria diz
ter encontrado indícios de fraude
em licitações de pelo menos dez
cidades paulistas, incluindo a capital. Uma das conversas interceptadas era entre Buratti e o ex-presidente da Leão Ambiental
Wilney Barquete, que saiu da empresa. Falavam sobre os contratos
de limpeza de São Paulo. "Tá tudo
certo, mas aquela confusão de
quinta e sexta segurou as coisas",
diz Barquete a Buratti. "E ontem a
charuteira falou que o secretariado está esperando o tribunal se
posicionar", completa.
Buratti foi secretário da primeira administração de Palocci em
Ribeirão, entre 1993 e 1996, mas
deixou o cargo após suspeita de
favorecer empresas. Foi ainda assessor do ex-prefeito de Matão
Adauto Scardoelli (PT). No período, a Leão Leão fez obra antes da
assinatura do contrato e, por isso,
prefeito e empreiteira foram condenados em primeira instância.
Ambos recorrerem da decisão.
Em 2000, a Leão foi a maior
doadora da campanha a prefeito
de Palocci, com R$ 150 mil.
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