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Insinuação de caixa-dois é "maluca", diz Serra
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O pré-candidato do PSDB à
Presidência, senador José Serra,
classificou como "maluca" a insinuação de que sua campanha ao
Senado em 94 foi beneficiada por
doação ilegal do empresário Carlos Jereissati.
"A insinuação de que houve
doação não registrada para minha campanha, oito anos atrás, é
inteiramente maluca. As doações
feitas na época estão registradas
no Tribunal Regional Eleitoral de
São Paulo. Qualquer um pode
comprovar isso", disse à Folha.
De acordo com a revista "Veja",
o ex-diretor do Banco do Brasil
Ricardo Sérgio, um dos encarregados da arrecadação de fundos
para a campanha do ex-ministro
ao Senado, teria conseguido uma
doação de R$ 2 milhões do empresário Carlos Jereissati.
Irmão do ex-governador do
Ceará Tasso Jereissati (PSDB),
Carlos é um dos proprietários da
empresa de telefonia Telemar e tido como amigo de Ricardo Sérgio. ""Foram quatro ou cinco prestações, não me lembro exatamente", declarou o empresário à ""Veja". Procurado pela Folha, Jereissati não foi encontrado.
Segundo a revista, na lista do
TRE de São Paulo onde estão registradas as contribuições oficiais
para Serra à época aparecem apenas três doações do empresário.
Nenhuma nesse valor.
Conforme os registros do TRE,
teriam sido feitas três contribuições a Serra em nome de empresas do grupo La Fonte, pertencente à família de Carlos Jereissati:
uma no dia 11 de julho, de R$ 15
mil, outra em 9 de agosto, de R$
30 mil, e uma terceira em 27 de setembro, de R$ 50 mil.
Não é a primeira vez que esse tipo de acusação é feita em relação
a um integrante do alto tucanato.
Em novembro de 2000, a Folha
demonstrou que pelo menos R$
10 milhões foram parar num caixa-dois em 1998 e, no mínimo,
outros R$ 8 milhões também deixaram de ser declarados ao TSE
em 1994, pelo comitê eleitoral das
campanhas de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. O expediente é ilegal pela
legislação brasileira.
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