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Senador do DEM emprega 7 parentes em seus gabinetes
Primeiro-secretário da Casa, Efraim Morais contratou ainda 6 parentes de aliados
Democrata foi o articulador da fracassada tentativa de criar mais 97 novos cargos comissionados no Senado, com salário de R$ 10 mil
ADRIANO CEOLIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Articulador da criação de
mais 97 cargos comissionados
no Senado, Efraim Morais
(DEM-PB) mantém em seus
gabinetes na Casa pelo menos
sete familiares, além de seis parentes de seus aliados políticos.
Em 2005, ao se tornar primeiro-secretário (posto responsável pela contratação de
obras e serviços), Efraim ampliou seu poder de nomeação:
na Primeira Secretaria, ele detém no mínimo 14 cargos.
A partir de 2005, o número
de parentes de Efraim na Casa
aumentou. Entre 2003 e 2004,
a reportagem identificou quatro parentes -três sobrinhas e
um sobrinho. Já como primeiro-secretário, os parentes subiram para sete -nomeou mais
três sobrinhas e até a filha caçula. Estudante de jornalismo,
Caroline Morais, 21, tem salário de R$ 3.600 mensais e foi lotada no gabinete do senador.
Ainda na Primeira Secretaria, Efraim colocou Delano de
Oliveira Aleixo, que é casado
com Ana Cristina Souto Maior
Aleixo, outra sobrinha do senador. Em 2003, as irmãs dela,
Ana Karla e Ana Karina, foram
empregadas no gabinete pessoal de Efraim.
Em 2006, Efraim nomeou
para seu gabinete o primo
Glauco Morais, ganhando R$
6.400 mensais. Em 2005, a Folha já revelara que o portal do
qual Glauco era sócio tinha
contrato de R$ 120 mil por ano
com o Senado para ter um banner do site da Casa. Após a reportagem, Efraim cancelou o
contrato, mas outros quatro sites da Paraíba ainda mantêm
contratos com o Senado no valor de R$ 48 mil por ano.
Em março de 2007, Glauco
deixou o Senado para se tornar
chefe-de-gabinete do vice-governador da Paraíba, José de
Lacerda (DEM). Em junho daquele ano, Efraim deu à filha de
Lacerda, Raissa Lacerda Aquino, um cargo AP-4. Neste ano,
ela será candidata a vereadora
em João Pessoa pelo DEM e teve de deixar o posto. Para o cargo, Efraim nomeou o marido
de Raissa, Roberto Aquino.
Efraim também agradou o
governador Cássio Cunha Lima (PSDB) nomeando Ronaldo Cunha Lima Filho, irmão de
Cássio, como assessor técnico
(R$ 8.000 mensais, depois reduzidos para R$ 6.300).
O presidente da Assembléia
Legislativa da Paraíba, Arthur
da Cunha Lima (PSDB), tem o
irmão, Lucio, como funcionário do gabinete de Efraim: ele é
secretário parlamentar, com
salário mensal é de R$ 6.400.
Primeiro suplente de Efraim,
Fernando Catão arranjou emprego para os filhos no Senado.
Em períodos diferentes, Bruno
Catão e Pedro Catão foram lotados no gabinete do senador e
na liderança da minoria. Bruno
deixou o Senado em 28 de outubro de 2005, mesmo dia em
que irmão foi nomeado para
uma vaga de AP-3, com salário
de R$ 2.600 por mês. Fernando
Catão foi escolhido em 2007
conselheiro do TCE da Paraíba.
Segunda suplente de Efraim,
a prefeita de Bananeiras, Marta
Ramalho, nomeou o filho, Ricardo Sérgio, secretário de
Obras local. Em Brasília, emplacou o neto Ricardo Sérgio
Filho no gabinete de Efraim.
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