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MÍDIA
Casoy recorre de decisão pró-Estevão
DA REPORTAGEM LOCAL
Os advogados do apresentador
Boris Casoy irão recorrer da medida liminar concedida pelo juiz
da 4ª Vara Cível de Brasília, Demetrius Gomes Cavalcanti, que
proíbe o jornalista de usar termos
considerados ofensivos em relação ao ex-senador Luiz Estevão.
O ex-senador entrou com uma
medida cautelar, em junho, alegando que Casoy teria lhe ofendido ao usar expressões como "Lalau" e "quadrilha", durante a
apresentação do "Jornal da Record" que foi ao ar pela Rede Record no dia 19 de fevereiro.
Estevão e o juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto foram acusados pelo Ministério Público Federal de envolvimento no desvio
de verba da obra do Fórum Trabalhista de São Paulo. Estevão foi
absolvido na semana passada. Nicolau foi condenado por evasão
de divisas e tráfico de influência.
O advogado Renato Herani, que
defende Casoy na ação, disse que
não houve qualquer menção ao
nome de Estevão quando ele usou
as palavras "Lalau" e "quadrilha".
No entendimento dos advogados de Estevão, adjetivos usados
por Boris seriam pejorativos.
Para Herani, a liminar concedida caracteriza censura prévia, ao
restringir os comentários de Boris
antes mesmo de eles ocorrerem.
Segundo o advogado, se Estevão realmente tivesse se sentido
ofendido, deveria ter entrado
com uma ação criminal por injúria. O ex-senador não entrou com
a ação no prazo permitido por lei,
que é de três meses após a veiculação, por meio da mídia, da suposta ofensa. Acabou ajuizando mais
de três meses depois uma ação civil, que permite pedido de indenização por parte do impetrante.
A Folha não conseguiu localizar
o Estevão para que ele comentasse o episódio.
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