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7 DE SETEMBRO
Comemoração em Brasília terá atletas, pára-quedistas e o próprio presidente como principais atrativos
Lula tenta hoje popularizar Independência
WILSON SILVEIRA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O primeiro Sete de Setembro do
governo Lula, hoje, será "o maior
espetáculo que Brasília já viu",
conforme os 60 mil panfletos distribuídos nos últimos dias no Distrito Federal pela Secom (Secretaria de Comunicação de Governo e
Gestão Estratégica).
Além dos panfletos, foram utilizadas na convocação mensagens
em jornais, no rádio e na televisão
-no último caso, estreladas pelo
tenista Fernando Meligeni enrolado numa bandeira do Brasil.
Entre as "atrações" listadas nos
panfletos estão "a presença do
presidente da República" e "o
desfile dos heróis do Pan". A comemoração começa às 9h, com a
chegada do presidente Lula.
A expectativa do governo é reunir de 30 mil a 60 mil pessoas na
Esplanada dos Ministérios. A intenção é ampliar a festa a cada
ano, transformando-a num evento "popular" -em contraste com
o caráter militar que assumiu desde os governos militares.
Segundo o Ministério da Defesa, em termos de diversificação de
atrações, esta será a maior comemoração da data já realizada. Participarão do desfile 6.000 militares
-o dobro dos anos anteriores.
Ao chegar ao palanque, Lula assistirá ao salto de pára-quedistas
carregando uma bandeira do Brasil aberta, que será entregue ao
presidente para ser hasteada. Depois disso, começará o desfile.
O desfile militar vai incluir uma
pirâmide humana sobre moto e a
exibição dos diversos tipos de veículos das três Forças.
Além de alunos de escolas de
Brasília, o desfile vai contar com a
presença de 142 atletas que participaram dos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo.
A infra-estrutura da festa (palanques, arquibancadas, cercas
metálicas, faixas nos ministérios,
som e cem banheiros químicos)
custou R$ 980 mil.
A quantia não inclui as despesas
das Forças Armadas nem o gasto
com divulgação (60 mil panfletos,
20 mil adesivos e mensagens no
rádio e na TV) e "brindes" (30 mil
bandeiras e 5.000 bonés).
O custo da festa foi criticado pelo líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM). Ele sugeriu
que o dinheiro fosse gasto no programa Fome Zero.
Questionado sobre o que tinha a
dizer a respeito disso, o ministro
José Dirceu (Casa Civil) foi categórico: "Absolutamente nada".
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