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OUTRO LADO
Para advogado, há um "atentado à democracia"
DA REPORTAGEM LOCAL
O advogado Roberto Podval, que representa o empresário Sérgio Gomes da Silva,
disse que a denúncia criminal oferecida anteontem
contra seu cliente é um
"atentado à democracia".
"A Promotoria não prova
nada, apenas conta uma história reduzida de um depoimento pouco elucidativo
prestado por uma pessoa
com longa ficha criminal [o
sequestrador Dionízio Aquino Severo]. Se qualquer história basta para que uma
pessoa seja processada criminalmente, todos nós corremos riscos."
Podval questiona a importância dada pela Promotoria
ao depoimento de Severo,
que declarou ter namorado
com a mulher de Gomes da
Silva no período em que ela
já era casada com o empresário. "Meu cliente declarou
à polícia que não conhece essa pessoa. A mulher dele
também prestou depoimento e negou ter namorado
Dionízio [Severo]. Mas a
Promotoria preferiu acreditar na palavra de uma pessoa
com longa ficha corrida em
vez de acreditar no depoimento do meu cliente, que
nunca foi condenado criminalmente", afirmou ele.
Dionízio Afonso Severo foi
resgatado de helicóptero da
Penitenciária de Guarulhos
em janeiro do ano passado,
um dia antes do sequestro de
Celso Daniel. Ele foi assassinado no CDP (Centro de Detenção Provisória) do Belém
em abril de 2002.
Inconsistente
O advogado afirma que a
denúncia apresentada contra Gomes da Silva é inconsistente, mas diz que "a Promotoria tinha de justificar o
fato de ter passado mais de
um ano fazendo uma "investigação de gabinete'".
Para ele, toda a investigação feita pelo Ministério Público do Estado de São Paulo
em Santo André "foi parcial
porque tinha o objetivo específico de culpar Sérgio
[Gomes da Silva] pela morte
de Celso [Daniel]".
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