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OUTRO LADO
Gravações são provas viciadas, afirma advogada
DA REPORTAGEM LOCAL
A advogada Carla Domenico, que defende o juiz federal João Carlos da Rocha
Mattos no decorrer da Operação Anaconda, disse que
as conversas gravadas pela
ex-mulher do juiz, Norma
Regina Emílio Cunha, não
têm valor para as investigações da polícia.
"São provas viciadas", disse a advogada. Para ela, Norma procurou conduzir as
conversas de modo a "induzir" o juiz a confirmar informações ou versões nas quais
ela estava interessada. "Há a
intencionalidade de prejudicar o juiz", disse Carla, que
ressalvou ainda não ter tido
acesso às fitas.
Os advogados dos juízes
federais Casem Mazloum e
Adriana Soveral não foram
localizados na última sexta-feira à noite para falar sobre
o assunto.
Ambos já negaram, em entrevistas anteriores, qualquer tipo de participação na
suposta quadrilha denunciada pelo Ministério Público
Federal. "Se ficar provado
que eu cometi algum crime,
eu peço demissão. Mas, se ficar provado que esses acusadores cometeram abusos, eu
também gostaria que eles
pedissem demissão", disse
Mazloum no início da Operação Anaconda. "Minhas
contas bancárias estão à disposição", completou.
Em um processo administrativo no TRF (Tribunal Regional Federal) em que procuradores a acusam de beneficiar o ex-prefeito de São
Paulo Paulo Maluf, a juíza
Adriana Soveral denunciou
estar sendo vítima de uma
perseguição do Ministério
Público, que ela chegou a
qualificar como "Ministério
do Terror". A juíza escreveu
que os procuradores procuram destruir quem não se
dobra aos seus pedidos,
mesmo que equivocados.
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