São Paulo, domingo, 08 de dezembro de 2002

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Gushiken mapeia 22 mil cargos federais

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O coordenador-adjunto da equipe transição, Luiz Gushiken, fala pouco, mas age muito nos bastidores. E em áreas as mais diversas. Cuida do levantamento dos 22 mil cargos federais cujos titulares o futuro governo vai indicar e do desenho da nova administração pública federal e ainda administra os contenciosos, aquela lista de medidas do atual governo que contrariam as diretrizes do comando que assumirá em 1º de janeiro.
Entre esses contenciosos estão as licitações para a renovação das contas publicitárias da BR Distribuidora e do Banco Central, que juntas somam R$ 67,6 milhões. No caso do BC, não houve o que fazer. A agência Duda Mendonça, do publicitário número um do PT hoje, perdeu o lugar para a Giovanni FCB S/A.
No conjunto de documentos obtidos pela Folha, consta um relatório com o acompanhamento completo do processo licitatório da BR, hoje atendida pela DPZ. A concorrência ainda está em curso, e 14 agências disputam o contrato.
Ata da reunião da equipe de transição realizada em 19 de novembro registra: "Gushiken deu informações gerais sobre a situação política e solicitou duas ações: até 15 horas de hoje deverão ser encaminhados a Marcus Flora todos os contenciosos (cinco cópias) para a reunião com o presidente".

Cargos
Para o levantamento dos cargos -parte dos quais será administrada pelo presidente do PT, José Dirceu, responsável pela composição política da base aliada-, Gushiken tem em mãos um estudo produzido pelos técnicos Luiz Alberto dos Santos e Aldino Graef. O documento descreve como deve ser o perfil dos principais ocupantes da administração pública.
Integrante da equipe de transição, Santos aprofundou o conteúdo em planilhas que, por ordem alfabética dos ministérios, mostram um a um os cargos disponíveis e sua faixa salarial de acordo com as categorias previstas no funcionalismo.
Bancário e militante sindical, Gushiken também comanda o grupo de deputados petistas que está se debruçando atentamente sobre mudanças estatutárias e de estrutura em curso no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal e que podem trazer dores de cabeça ao futuro governo.
(ANDRÉA MICHAEL)


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