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Gushiken mapeia 22 mil cargos federais
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O coordenador-adjunto da
equipe transição, Luiz Gushiken,
fala pouco, mas age muito nos
bastidores. E em áreas as mais diversas. Cuida do levantamento
dos 22 mil cargos federais cujos titulares o futuro governo vai indicar e do desenho da nova administração pública federal e ainda
administra os contenciosos,
aquela lista de medidas do atual
governo que contrariam as diretrizes do comando que assumirá
em 1º de janeiro.
Entre esses contenciosos estão
as licitações para a renovação das
contas publicitárias da BR Distribuidora e do Banco Central, que
juntas somam R$ 67,6 milhões.
No caso do BC, não houve o que
fazer. A agência Duda Mendonça,
do publicitário número um do PT
hoje, perdeu o lugar para a Giovanni FCB S/A.
No conjunto de documentos
obtidos pela Folha, consta um relatório com o acompanhamento
completo do processo licitatório
da BR, hoje atendida pela DPZ. A
concorrência ainda está em curso,
e 14 agências disputam o contrato.
Ata da reunião da equipe de
transição realizada em 19 de novembro registra: "Gushiken deu
informações gerais sobre a situação política e solicitou duas ações:
até 15 horas de hoje deverão ser
encaminhados a Marcus Flora todos os contenciosos (cinco cópias) para a reunião com o presidente".
Cargos
Para o levantamento dos cargos
-parte dos quais será administrada pelo presidente do PT, José
Dirceu, responsável pela composição política da base aliada-,
Gushiken tem em mãos um estudo produzido pelos técnicos Luiz
Alberto dos Santos e Aldino
Graef. O documento descreve como deve ser o perfil dos principais
ocupantes da administração pública.
Integrante da equipe de transição, Santos aprofundou o conteúdo em planilhas que, por ordem
alfabética dos ministérios, mostram um a um os cargos disponíveis e sua faixa salarial de acordo
com as categorias previstas no
funcionalismo.
Bancário e militante sindical,
Gushiken também comanda o
grupo de deputados petistas que
está se debruçando atentamente
sobre mudanças estatutárias e de
estrutura em curso no Banco do
Brasil e na Caixa Econômica Federal e que podem trazer dores de
cabeça ao futuro governo.
(ANDRÉA MICHAEL)
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