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ACM afirma ser vítima da mídia e nega acusação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) afirmou que está sendo vítima de ""uma campanha forte" da imprensa e divulgou
nota negando que conversas gravadas ilegalmente tenham sido
sua fonte de informação para denúncias contra adversários.
Ele afirmou que desde 1999 tinha o ""hábito" de encaminhar ao
governo anterior, inclusive ao
próprio ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso, denúncias de
irregularidades no governo. Disse
que era informado das falcatruas
por seus aliados, como prefeitos
de seu grupo político.
ACM retorna a Brasília na terça,
após passar duas semanas na Bahia. Ele foi orientado por advogados a não dar declarações sobre o
episódio do grampo, para evitar
eventuais complicações.
Ele afirmou, no entanto, que
não vê ""problema nenhum" em
que o Conselho de Ética e Decoro
Parlamentar instaure uma investigação preliminar sobre o caso
do grampo e disse que se, se isso
ocorrer, se defenderá conforme
for orientado por advogados.
""Estou tranquilo porque estou
com a verdade", afirmou o senador. Ele voltou a rejeitar a possibilidade de renunciar para escapar
de um eventual processo de cassação. Considerou essa hipótese
""uma loucura".
Na sua opinião, o Senado deveria aguardar o inquérito da Polícia
Federal antes de tomar qualquer
providência. Ele acredita que a PF
não encontrará provas de uma
participação sua na realização da
escuta ilegal.
Com relação a um eventual processo político, aliados de ACM
afirmam que a linha principal de
defesa será o fato de ele não ser senador na época da realização dos
grampos, em 2002.
(RU)
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