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Pedetista de AL mescla futebol e assistencialismo
DA AGÊNCIA FOLHA
Uma das novas lideranças consolidadas nas eleições deste ano, o
radialista e deputado estadual Cícero Almeida (PDT), 46, candidato à Prefeitura de Maceió, mistura
as metafóras futebolísticas para
falar da política com o assistencialismo -oferece atendimento médido gratuito à população. Ele se
define como "um artilheiro" que
está na disputa "para classificar o
time e ganhar o campeonato".
Almeida foi o candidato mais
votado no primeiro turno. Seu
adversário na votação decisiva do
dia 31 é Alberto Sexta Feira (PSB),
que tem o apoio do governador
Ronaldo Lessa (PSB).
A condução da campanha de
Almeida é feita por um conselho
político, formado pelos presidentes dos partidos de sua coligação
(PTB, PP, PFL, PSL e PDT). É o
grupo que define as questões políticas. O candidato só é chamado
quando há uma decisão a tomar.
"Sou o artilheiro. Estou lá para
classificar o time e ganhar o campeonato. Eles [o conselho] são a
minha defesa, estão lá para resolver tudo", disse o candidato.
A fórmula da candidatura de
Almeida é completada por uma
aliança com o poder econômico
em Alagoas. A candidata à vice-prefeita é a arquiteta Lourdinha
Lyra, filha do deputado federal e
usineiro João Lyra (PTB-AL).
Apesar da aliança, Almeida faz
questão de se dizer um representante dos trabalhadores. Ele afirma que começou a trabalhar aos 9
anos, no sítio de sua família, em
Olivença (a 203 km de Maceió).
"Fui encanador, servente, eletricista, taxista, motorista de madame e da rádio Gazeta [emissora
que pertence à Organização Arnon de Mello, da família Collor de
Mello]. Daí, passei a operador de
áudio. Tive a primeira oportunidade como repórter de rádio há
20 anos", disse o candidato.
A carreira política de Almeida
teve início há quatro anos, quando ele se elegeu vereador em Maceió. Em 2002, foi eleito deputado
estadual. A trajetória política, no
entanto, começou a ser delineada
há dez anos, quando ganhou um
programa de TV e foi convidado
pelo Prona a entrar no partido.
Referindo-se a ele na terceira
pessoa, o candidato disse acreditar que ainda não era o "momento certo" de entrar na política.
"Seis anos depois, senti que era
[o momento certo] e, de forma
ousada, como sempre fiz quando
pretendi alguma coisa, me lancei
candidato a vereador e fui o terceiro mais votado", disse o pedetista, em discurso ensaiado.
Além dos programas de rádio e
televisão que mantinha até o início do período de campanha eleitoral, a popularidade de Almeida
é cultivada com o serviço de atendimento médico que oferece.
"Montei uma estrutura de atendimento médico à população, que
funciona gratuitamente. Temos
duas clínicas. A primeira delas já
atendeu mais de 40 mil pessoas
gratuitamente, bancada por
mim", afirmou o candidato.
Sobre um possível apoio a sua
candidatura por parte do ex-presidente Fernando Collor de Mello
(PRTB), Almeida nega.
"Nunca tive ligação política
com ele. Só tive a oportunidade de
cumprimentá-lo uma vez, quando ele era presidente da República
e visitou Maceió", disse.
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