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outro lado
Advogado diz que juiz age de má-fé
DA REPORTAGEM LOCAL
O advogado Nélio Machado, que defende o banqueiro Daniel Dantas, afirmou que a procedência do
dinheiro aplicado no fundo é limpa e que o bloqueio
dos R$ 353,8 milhões é
fruto de má-fé do Ministério Público Federal e da
Justiça Federal.
"É um dinheiro declarado e limpo, temos todos os
controles da transferência
de administração."
O advogado atribuiu o
bloqueio a um "excesso"
cometido pelo juiz federal
Fausto Martin De Sanctis.
"É má-fé de quem está fazendo isso. O juiz Fausto
De Sanctis, vez por outra,
se excede, e eu entendo
que ele novamente se excedeu", afirmou.
Segundo o advogado, o
fundo de R$ 535,8 milhões
pertencem a Dantas, a irmã dele, Verônica, à mulher Maria Alice, ao presidente do Opportunity, Dório Ferman, e a Norberto
Tomaz. Não há mais nenhum outro cotista, disse.
Machado afirmou que o
Opportunity decidiu passar a administração do
fundo para outra empresa
porque o "banco está sendo atacado de todas as formas". "É uma medida preventiva. Com isso, o banco
quis passar uma mensagem para o mercado financeiro: "A instituição Opportunity desfruta de absoluta confiança no mercado, tanto que a Mellon,
uma empresa seríssima,
aceitou fazer a gestão do
fundo". Fizeram isso para
incentivar que outros
clientes também aceitem
essa mesma medida."
O advogado repassou à
Folha cópia de dois comunicados publicados em
jornais de circulação nacional informando que a
gestão de alguns fundos
será transferida para a
Mellon. "Tudo foi feito às
claras", disse Machado.
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