|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Caso dá fôlego
para oposição
insistir na CPI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), avalia que os
depoimentos de dois dirigentes
da GTech à Polícia Federal anteontem podem dar novo alento
às tentativas da oposição de pôr
em funcionamento uma CPI para
o caso Waldomiro Diniz.
Para Virgílio, a menção dos depoentes a um ex-assessor do ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) na Prefeitura de Ribeirão
Preto põe o governo em uma situação delicada, mas com a qual
terá necessariamente que lidar.
"Não há dúvida de que isso é
grave, mexe com a economia,
com um ministro que é visto como sério e importante para a credibilidade do governo. Mas não
dá para fingir que não aconteceu,
e eles têm de enfrentar isso com
coragem", afirmou.
O senador chega a ironizar a
ampliação das suspeitas. "Que
nome vai ter essa CPI? Será só a
CPI do Waldomiro?", questiona
Virgílio, para quem "o governo
está muito frágil".
Assinaturas
Segundo ele, a coleta de assinaturas para a instalação da comissão recomeça nesta segunda-feira. O líder tucano dá como certas
e imediatas as adesões de pelo
menos 22 dos 81 senadores, embora admita que não saiba quanto
tempo será necessário para chegar aos 27 nomes necessários.
Nos últimos dias, o governo
conseguiu derrubar duas CPIs
apoiadas pela oposição, uma para
investigar os bingos e outra sobre
a suposta ligação entre a morte do
prefeito petista de Santo André,
Celso Daniel, com um esquema
de corrupção.
Para Virgílio, os argumentos
oficiais contra as CPIs estão desmoralizados. "Todas as falácias
que eles usaram estão caindo por
terra, a começar pela história de
que o caso Waldomiro era anterior ao governo Lula."
Texto Anterior: Para governo, nova revelação acirra crise Próximo Texto: Regime militar: Livro reúne decisões inéditas de militares sobre FHC e Dirceu Índice
|