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OUTRO LADO
Petros afirma que indicação não foi política
DA REPORTAGEM LOCAL
A assessoria de comunicação da Petros informou que
a nomeação do ex-prefeito
de Campinas (SP) Jacó Bittar
para conselheiro "não teve
indicação política".
Segundo a assessoria, a indicação foi feita pela diretoria executiva e homologada
pelo Conselho Deliberativo,
e contou a favor de Bittar o
fato de ele ser aposentado
pela Petrobras (desde 1979,
após perseguições do regime
militar por suas atividades
no sindicato petroleiro).
A assessoria não informou
o salário de Bittar como conselheiro da Petros.
Bittar foi procurado pela
Folha na última sexta-feira
em Campinas e por telefone,
mas não foi localizado. Segundo seu filho, Kalil, ele estava no sítio de um parente.
Kalil Bittar disse que todas
as contas de seu pai no período 89-92 foram aprovadas pelo Tribunal de Contas
do Estado e pela Câmara de
Vereadores de Campinas.
Segundo Kalil, após deixar
o cargo seu pai não contou
com uma estrutura de apoio
jurídico tão boa quanto a da
prefeitura, o que, segundo
ele, pode ter colaborado para as derrotas na Justiça.
Na defesa apresentada no
decorrer da ação judicial que
contestou as obras do aterro
sanitário, Jacó Bittar alegou
ter havido cerceamento da
defesa na primeira fase do
processo. Segundo ele, não
houve irregularidades.
Na ação que contestou uso
indevido da publicidade da
prefeitura, Bittar disse que
faltava ao denunciante (o
desafeto e ex-prefeito Magalhães Teixeira) "legítimo interesse, uma vez que a ação
tem caráter essencialmente
particular e político".
Segundo Bittar, a propaganda "se revestia de interesse público".
(RV)
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