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Perseguidos estavam na "lista negra" da USP
DA REPORTAGEM LOCAL
A maioria dos professores e alunos incluídos na operação Tarrafa
já havia sido citada na "lista negra" da Universidade de São Paulo -relação de pessoas acusadas
de subversão que foi encaminhada ao governo militar em 64 e que
provocou uma onda de expurgos
e de aposentadorias antecipadas.
A caça às bruxas na instituição
foi revelada pela Folha em julho
de 1964, em uma reportagem intitulada "Dedo-duro na USP".
Com o movimento de 1964, o
então reitor Gama e Silva nomeou
uma comissão especial para investigar atividades subversivas ou
marxistas dentro da universidade. Com a edição do Ato Institucional nš 1, as pessoas citadas na
lista foram expulsas da USP.
As faculdades de Filosofia e de
Medicina foram as mais atingidas. Entre os intelectuais visados
pela operação Tarrafa estavam na
"lista negra" Luiz Hildebrando
Pereira da Silva, Júlio Pudles
(morto) e Erney Plessmann Camargo, os líderes estudantis Fuad
Daher Saad e Eduardo Manzano e
o então chefe do setor de Genética
Humana, Pedro Henrique Saldanha. A mesma "lista negra" da
USP incluiu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, então
professor da universidade.
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