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Petista preocupa equipe de segurança
DA REPORTAGEM LOCAL
A opção do presidente eleito
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de
manter contatos diretos com a
população é o problema mais grave enfrentado pela equipe que o
protege. "A segurança é zero nesses momentos", diz um dos agentes que cuidam de sua proteção.
A equipe que trabalha com o
presidente eleito diz que um suposto atentado de grupos organizados deixaria rastros que permitiriam sua identificação antecipada pelos serviços de inteligência.
Mas a presença de Lula em aglomerações abre espaço para um
inimigo que só pode ser combatido no exato momento em que
age: o amador emocional descontrolado. Um canivete, uma faca
ou mesmo um revólver poderiam
ser sacados e atingir o presidente.
Os agentes tentam, quase sempre sem sucesso, evitar a abordagem do presidente pelas costas e
retiram as mãos que lhe tocam
por trás. Mas a forma como Lula
se embrenha na multidão baixa a
zero a capacidade de defesa antecipada da segurança. O presidente eleito já foi alertado para os riscos, mas afirma que não abrirá
mão desse tipo de contato: "Eu
gosto do povo, e o povo gosta de
mim", disse Lula na quinta-feira.
A Polícia Federal oferece ao presidente eleito a mesma segurança
assegurada ao presidente Fernando Henrique Cardoso pelo Gabinete de Segurança Institucional.
Até a posse, Lula estará sempre
sob a proteção de 16 agentes do
Comando Tático Operacional,
dez homens da divisão de segurança de dignitários e cinco coordenadores de segurança da PF.
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