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DIPLOMACIA
Presidente reafirmou que crise do vizinho não tem reflexo no Brasil
FHC quer apoio "enérgico" à Argentina
WILSON SILVEIRA
ENVIADO ESPECIAL À REP. DOMINICANA
O presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu ontem um
apoio "enérgico" de organismos
financeiros internacionais à Argentina. "A Argentina precisa do
apoio dos organismos internacionais. Se não tiver esse apoio, não
vai sair dessa situação nunca. É
um círculo vicioso. O apoio não é
dado porque não está adimplente,
e não vai ficar adimplente porque
não tem apoio", afirmou FHC.
Segundo o presidente, "alguém
vai ter que ter uma decisão mais
enérgica e resolver fazer uma solução heróica para a Argentina".
FHC disse que tratará do assunto com dirigentes do FMI (Fundo
Monetário Internacional). Afirmou também que em certa altura
poderá ter um papel mais decisivo na solução da crise argentina.
"Nós não podemos deixar um
país da importância da Argentina,
com o potencial de crescimento
efetivo que a Argentina tem, fique
simplesmente à margem do sistema financeiro internacional."
FHC reafirmou que a crise da
Argentina não tem reflexo na economia brasileira. "O Brasil tem
nível de reservas extremamente
elevado. Sem o aporte do Fundo
nós temos mais de US$ 30 bilhões,
além de um superávit da balança
comercial de US$ 11 bilhões."
FHC participou na República
Dominicana da 12ª reunião de cúpula dos países ibero-americanos
(América do Sul, Caribe, Portugal
e Espanha). No almoço de encerramento, ele foi homenageado,
por estar deixando o cargo.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,
Sergio Amaral, anunciou que será
assinado nos próximos dias 5 e 6,
em Brasília, um acordo-quadro
do Mercosul com a Comunidade
de Países Andinos (Peru, Venezuela, Colômbia, Equador e Bolívia), que fixa as diretrizes para
acordos de comércio entre blocos.
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