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Em nota, PPS vê "paralisia" do país e
"ameaça de ruptura da ordem pública"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O PPS encerrou ontem a reunião de seu Diretório Nacional
com a aprovação de uma nota na
qual fez duras críticas ao governo
e defendeu um pacto nacional para garantir a governabilidade e
mudanças na política econômica.
"Só uma ampla união de forças
políticas pode retirar o país da relativa paralisia política em que vive hoje", afirma a nota. O ministro Ciro Gomes (Integração Nacional), que é filiado ao partido,
não compareceu ao encontro.
O PPS afirma que o país vive
"um momento particularmente
delicado, marcado pelo agravamento da crise política", e lamenta a "vulnerabilidade do governo
no seu aspecto ético, evidenciada
por episódios recentes", sem citar
diretamente o caso Waldomiro.
Segundo o partido, há a "deterioração das expectativas em relação à situação econômica" e a "visível ameaça de ruptura da ordem
pública, com o agravamento dos
conflitos fundiários e da violência
urbana". Na nota, a sigla conclui
que "a reação do governo a essa
sucessão de revezes tem se revelado, até o momento, tardia, pouco
articulada e de eficácia duvidosa".
Em relação à política econômica, o PPS defende "uma correção
de rumos" que permita retomar o
crescimento e melhorar as condições de vida dos mais pobres.
A Executiva Nacional da legenda, eleita ontem, se reunirá em 25
de maio para aprovar propostas a
serem entregues ao presidente
Luiz Inácio Lula da Silva. O deputado Miro Teixeira (RJ), que se filiou recentemente ao PPS e foi
eleito ontem um dos vice-presidentes, fará sugestões sobre segurança. Serão abordados também
temas como crescimento econômico e distribuição de renda.
O diretório aprovou a apresentação ao Congresso de um projeto
que libere o acesso de todos os cidadãos ao Siafi, sistema que monitora a execução do Orçamento.
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