São Paulo, domingo, 18 de abril de 2004

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Em nota, PPS vê "paralisia" do país e "ameaça de ruptura da ordem pública"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PPS encerrou ontem a reunião de seu Diretório Nacional com a aprovação de uma nota na qual fez duras críticas ao governo e defendeu um pacto nacional para garantir a governabilidade e mudanças na política econômica.
"Só uma ampla união de forças políticas pode retirar o país da relativa paralisia política em que vive hoje", afirma a nota. O ministro Ciro Gomes (Integração Nacional), que é filiado ao partido, não compareceu ao encontro.
O PPS afirma que o país vive "um momento particularmente delicado, marcado pelo agravamento da crise política", e lamenta a "vulnerabilidade do governo no seu aspecto ético, evidenciada por episódios recentes", sem citar diretamente o caso Waldomiro.
Segundo o partido, há a "deterioração das expectativas em relação à situação econômica" e a "visível ameaça de ruptura da ordem pública, com o agravamento dos conflitos fundiários e da violência urbana". Na nota, a sigla conclui que "a reação do governo a essa sucessão de revezes tem se revelado, até o momento, tardia, pouco articulada e de eficácia duvidosa".
Em relação à política econômica, o PPS defende "uma correção de rumos" que permita retomar o crescimento e melhorar as condições de vida dos mais pobres.
A Executiva Nacional da legenda, eleita ontem, se reunirá em 25 de maio para aprovar propostas a serem entregues ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O deputado Miro Teixeira (RJ), que se filiou recentemente ao PPS e foi eleito ontem um dos vice-presidentes, fará sugestões sobre segurança. Serão abordados também temas como crescimento econômico e distribuição de renda.
O diretório aprovou a apresentação ao Congresso de um projeto que libere o acesso de todos os cidadãos ao Siafi, sistema que monitora a execução do Orçamento.


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