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Operação da PF instala seu 10º posto na região
DA AGÊNCIA FOLHA,
EM SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA (AM)
As ações dos narcotraficantes
e o recrutamento de índios pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) levaram a Operação Cobra da
Polícia Federal a instalar o seu
décimo posto de fiscalização na
localidade de Melo Franco, que
faz parte do município de São
Gabriel da Cachoeira (AM).
A Operação Cobra (junção
das sílabas iniciais de Colômbia e Brasil) atua há três anos
na fronteira de 1.644 quilômetros de extensão entre os dois
países. O objetivo da operação
é combater o narcotráfico e a
entrada de guerrilheiros na
Amazônia brasileira.
Custo
A PF não informa quanto
gasta para manter o posto em
Melo Franco. A Agência Folha
apurou que as obras do posto
custaram R$ 80 mil. Cada hora
de vôo da aeronave Caravan
que a PF mantém à disposição
da Operação Cobra é de R$ 600.
Antes da instalação do posto
em Melo Franco só havia segurança do território nacional em
Querari (50 km de Melo Franco), onde o Exército mantém
um Pelotão Especial de Fronteira.
Os PEFs (Pelotões Especiais
de Fronteira) são unidades do
Comando Militar da Amazônia
presentes na região que dão
apoio às ações da Operação
Cobra na região de fronteira.
Apreensão
No dia 9, a Agência Folha
acompanhou uma ação das
duas corporações no rio Içá
-na cidade de Ipiranga- que
resultou na apreensão de 61 kg
de cocaína, 6 kg de heroína e 30
mil litros de gasolina contrabandeados.
As drogas estavam em uma
balsa puxada por um rebocador -que transportava colombianos e material de construção. Numa vistoria inicial,
os policiais federais encontraram 16 kg de cocaína dentro de
uma caixa de óleo.
Depois de uma busca mais
detalhada, foi descoberto um
fundo falso da balsa.
O proprietário da embarcação, o colombiano Hermán Piñeda Osório, foi preso em flagrante por tráfico internacional
de drogas.
Osório negou ter conhecimento de que seu barco era
usado para transportar drogas.
"Eu não sabia que tinha isso
[droga]", declarou.
À Agência Folha, Osório contou que pagou pedágio de R$
30 a guerrilheiros das Farc no
rio Putumayo -como é chamado o rio Iça, no lado colombiano- para passar com o
barco da cidade de Puerto Assis
para Letícia e depois alcançar
Tabatinga, cidade já localizada
no lado brasileiro.
(KB)
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