|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
entrevista
Promotora diz que fará nova representação
DA REPORTAGEM LOCAL
A promotora da Justiça
Eleitoral Maria Amélia
Nardy Pereira disse que as
representações contra a Folha e contra a revista "Veja
São Paulo", que publicaram
entrevistas com Marta Suplicy, não serão as últimas.
Ela afirmou que, ainda
nesta semana, deverá encaminhar à Justiça uma nova
representação, desta vez
questionando a entrevista
publicada pela Folha, no último sábado, com o prefeito
Gilberto Kassab (DEM).
Estão ainda na lista da
Promotoria entrevistas concedidas por Geraldo Alckmin (PSDB) e por Soninha
(PPS). "O Ministério Público
nunca agiu nem agiria para
censurar a liberdade de informação. Nosso objetivo é
garantir a igualdade de oportunidade a todos os candidatos", afirmou ela.
FOLHA - Por que o Ministério Público entende que entrevista jornalística é propaganda política?
MARIA AMÉLIA NARDY PEREIRA - O Ministério Público
não quer ferir a liberdade de
imprensa. A legislação diz
que, antes do dia 5 de julho,
não pode haver propaganda
eleitoral. A entrevista é permitida desde que não se coloque nenhuma plataforma de
governo. A lei é essa.
Agora, se a nossa legislação
eleitoral é boa ou ruim, não
me cabe dizer. Como promotora eleitoral, tenho de cumprir o meu dever. Na medida
em que o candidato coloca
que vai melhorar a trânsito,
ele está lançando uma plataforma política. Ninguém está
cerceando a imprensa, o que
a lei busca é manter a igualdade entre os candidatos.
FOLHA - Kassab, que é prefeito,
não pode dar entrevista?
MARIA AMÉLIA - Pode, desde
que não fale em plataforma
política. A situação dele é diferente da dos demais. Ele é
candidato à reeleição e, até o
prazo legal, não poderá falar
que quer dar prosseguimento aos projetos para a cidade.
Texto Anterior: Lei Eleitoral não autoriza nenhum tipo de censura à imprensa, dizem especialistas Próximo Texto: Eleições 2008 / Justiça Eleitoral: Entidades de imprensa vêem decisão como "ato de censura" Índice
|