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Militante diz que comprou votos com maconha
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Nas acusações levantadas
pelo grupo de Sarney contra
Jackson Lago, um caso se
destaca pelo inusitado: cigarros de maconha teriam sido
ofertados para compra de votos, segundo um depoimento
que a defesa do pedetista
considera fantasioso.
Em depoimento no mês de
abril à Justiça Eleitoral, o engenheiro Almir Cutrim afirmou ter ganho R$ 5.000 para
conquistar votos da juventude de Olinda Nova e disse ter
recebido a orientação do
PDT no município para comprar cigarros de maconha e
distribuí-los "em troca de votos em favor do candidato
Jackson Lago".
Cutrim disse que entregou
o dinheiro e gravações dos
encontros com coordenadores da campanha de Lago à
Polícia Federal. Dirigente do
PV em Olinda Nova, o depoimento do engenheiro precisa ser validado pelo ministro
Eros Grau, relator do processo de cassação de Jackson
Lago no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A Folha não
localizou Cutrim.
O PV é um dos partidos
que pede a suspensão do diploma de governador de Lago, que derrotou o clã Sarney
por uma diferença de 98 mil
votos. Eros Grau poderá
concluir o relatório no final
deste mês, quando vence
prazo dado por ele para a PF
realizar perícia em vídeos
anexados nos autos do processo. Algumas das imagens
sugerem o uso da máquina
do governo do Maranhão para financiar o candidato escolhido pelo então governador José Reinaldo Tavares.
Em um dos vídeos, o próprio José Reinaldo anuncia
que os aliados estão autorizados "pelo governador a pegar as associações, ver as necessidades, fazer os projetos
que nós faremos o convênio
direto com a associação".
Um dos depoimentos a ser
analisado pelo ministro do
TSE é o dado por um presidente de associação de moradores que assinou convênio de R$ 714 mil e nunca viu
um centavo do dinheiro.
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