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Leitores associam jornais a confiabilidade, diz pesquisa
Levantamento foi divulgado no término do congresso da Associação Nacional de Jornais
Estudo feito pelo instituto
Ipsos-Marplan mostra que
jornais são identificados
com mais detalhamento e
abrangência de informações
DA REPORTAGEM LOCAL
Pesquisa apresentada ontem
no 7º Congresso Brasileiro de
Jornais, promovido pela ANJ
(Associação Nacional de Jornais), mostrou que temas como
"confiabilidade" e "profundidade" estão no topo das qualidades identificadas pelos leitores de mídia impressa.
Realizada pelo instituto Ipsos-Marplan para a ANJ, a pesquisa procurou explorar o envolvimento do leitor com os
jornais. Um dos objetivos também foi o de ter subsídios para
fortalecer a estratégia das empresas para fins publicitários.
Segundo a pesquisa, quanto
mais rico o leitor, mais ele consome jornais. O veículo é considerado também como um importante instrumento para o
aperfeiçoamento profissional e
educacional.
A pesquisa envolveu oito
diferentes grupos com jovens
(de 18 a 24 anos) e adultos (de
25 a 50 anos), além de 13 entrevistas em profundidade com
formadores de opinião (como
historiadores e filósofos) e executivos de primeiro escalão de
empresas.
Um dos resultados mostra
que 48% dos leitores de jornais
também consultam a internet
em busca de informações.
Entre os que se abastecem de
notícias e informações principalmente pela internet, apenas
5% costumam ler jornais (pelo
menos duas vezes por semana).
Já os formadores de opinião
lêem diariamente -na maioria
dos casos, até três títulos diferentes.
Outro dado sobre o hábito de
consumir jornais revela que
67% fazem a leitura entre as 9h
e as 13h, por 38 minutos, em
média. Muitos identificam o
jornal com o café da manhã.
Do ponto de vista qualitativo,
os jornais são identificados
com "profundidade", "confiabilidade" e "detalhamento e
abrangência de informações".
Algo que, segundo a pesquisa,
não é encontrado na internet.
O meio é visto também como
um instrumento de ascensão
social: na preparação para um
vestibular, para ingressar no
mercado de trabalho ou mesmo
para tomar uma decisão de investimento pessoal.
Muitos dos entrevistados
identificaram ainda "traços
pessoais e familiares" no hábito
de consumir jornais. Os pais
liam jornais e incutiram esse
hábito neles; ou lembram que a
família dividia ou divide as seções diferentes dos jornais no
final de semana, por exemplo.
Segundo Cinthia D'Auria, diretora de Mídia Custom do Ipson-Marplan, os leitores também fazem relações entre a
confiabilidade do produto e o
que ele fornece em termos de
anúncios. "O produto cria confiança para a marca quando ela
aparece em um jornal", disse.
De acordo com estudos da
Marplan/EGM, a penetração
do jornal na classe A é de 78%;
na B, de 65%; na C, de 46%; na
classe D, de 28%; e na E, de 18%.
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